Opinião

Racismo a pandemia sem cura?

5 jun 2020 19:21

O Racismo e xenofobia são uma realidade cada dia mais presente e cada vez mais tolerados por parte de uma administração irresponsável e ela própria racista e Xenófoba.

O assassinato ignóbil de George Floyd, um afro-americano de 46 anos, do Estado do Minnesota, por parte de um polícia branco, voltou a colocar as questões raciais no centro do debate nos Estados Unidos.

O Racismo e xenofobia são uma realidade cada dia mais presente e cada vez mais tolerados por parte de uma administração irresponsável e ela própria racista e Xenófoba.

Que esta situação serva para que de uma vez por todas os países civilizados e democráticos recusem qualquer diálogo com um criminoso como Trump. Infelizmente o racismo é uma realidade em todos os países.

Um pouco por todo o mundo há todos os dias pessoas a serem discriminadas por causa da cor da sua pele ou das suas orientações religiosas. Na própria União Europeia há um aumento preocupante do discurso xenófobo em relação aos muçulmanos e refugiados.

A própria comissão europeia chama atenção para o “alto nível de islamofobia, que se reflete num discurso público cada vez mais xenófobo".

Ainda observa uma "subnotificação de crimes de ódio" e o uso extremo da força por agentes de segurança contra pessoas pertencentes a comunidades minoritárias, em particular comunidades negras e muçulmanas. Importa lembrar que na União europeia mais de 2/3 dos parlamentos nacionais incluem partidos políticos de extrema direita com posições públicas contra os migrantes, muçulmanos e outras minorias.

Ainda nas últimas eleições italianas o discurso baseado no racismo, xenofobia e incitamento ao ódio dominou a cena política em que Salvini nunca escondeu ser racista e xenófobo.

Mesmo discurso é ouvido todos os dias Hungria, Polónia, Áustria, República Checa, Espanha e nos últimos tempos também em Portugal por parte do Ventura da Cofina.

Um aplauso para as palavras do Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al- Husseine que no seu discurso de abertura da 37.ª sessão do Conselho, teve a coragem para se referir ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, como um dos políticos “xenófobos e racistas […] destituídos de qualquer sentimento de vergonha” por ter dito “que não quer que a sua cor [de pele] se misture com outras”.

Uma palavra também para Angela Merkel, uma líder com visão e valores como ficou claro no seu último discurso. Merkel foi inspiradora e deixou bem claro que não há espaço para o racismo e xenofobia na Europa.

“O racismo é um veneno, o ódio é um veneno. E este veneno existe na nossa sociedade. E já foi culpado por crimes demais" (Angela Merkel)

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990