Sociedade

Número de pessoas em situação de sem-abrigo dispara na Marinha Grande

15 dez 2023 20:00

Portugueses e estrangeiros, homens e mulheres, jovens e idosos fazem parte de um grupo crescente de pessoas em situação de sem-abrigo na cidade

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Fábricas e casas abandonadas, e também o parque de campismo, têm servido de refúgio
Nuno André Ferreira
Daniela Franco Sousa

José, de 69 anos, tem dormido em carros abandonados. Recentemente, ocupa um sofá na casa de um amigo. Trabalhava na Bélgica, em 2020, quando a pandemia travou o sector da construção, e viu-se foi forçado a regressar à Marinha Grande. Desde então, não conseguiu encontrar mais nenhum emprego e, com uma reforma de 340 euros, não tem condições para pagar renda.

No final deste mês, também o senhor Ferreira estará na rua. Aos 55 anos, a sobreviver com um magro subsídio de desemprego, o antigo operário conta que o senhorio já lhe disse que vai precisar da casa. “Não tenho alternativa”, lamenta ao nosso jornal.

No concelho da Marinha Grande, o número de pessoas em situação de sem-abrigo não pára de aumentar. À cidade continuam a chegar homens e mulheres que procuram emprego, mas nem todos têm as habilitações necessárias. Sem trabalho, perante o preço e a escassez de oferta habitacional, muitos não têm como sair da rua, contextualizam Ana Patrícia Nobre e Carlo Melo, presidente e vice-presidente da Associação Novo Olhar II. Fábricas e casas abandonadas e até o parque de campismo têm servido de refúgio para muitos destes cidadãos.

Ana Patrícia Nobre explica que a associação

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