Sociedade

Sessenta bombeiros galegos impedidos na fronteira de ajudar no fogo de Pedrógão

20 jun 2017 00:00

Avolumam-se as suspeitas de que nem “tudo correu da melhor maneira possível”, em Pedrógão Grande, ao contrário daquilo que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou no domingo.

Agora é o El Correo Gallego, jornal da Galiza, que fala de 60 bombeiros e duas cisternas que não foram autorizadas a cruzar a fronteiras para ajudar no norte do distrito de Leiria. 

"Foi uma sensação agridoce. Estávamos conscientes da situação que se estava a passar em Portugal, estávamos preparados para intervir e ajudar e por uma questão burocrática impediram-nos de ir lutar contra um problema grave que acabou com tantas vidas", lamentou ao jornal um dos 60 bombeiros espanhóis que terão sido travados em Valença do Minho por falta de autorização do Governo português, para cruzar a fronteira.

De acordo com o site do El Correo Gallego, as autoridades portuguesas argumentaram com a falta de capacidade para organizar tanta gente. "Estamos sobrecarregados e não podemos permitir que passe mais ajuda", terá sido a resposta.

O jornal refere que o grupo de voluntários galegos foi reunido "em menos de dez horas" durante a noite de domingo para segunda e incluía dois camiões-cisterna com capacidade para 30 mil litros de água cada um.

"Foram minutos de tensão", afirma o El Correo Gallego, que cita outro bombeiro: "Se não nos queriam na primeira linha, podíamos ajudar muito nos trabalhos de rescaldo".