Autárquicas 2025
Ourém: PSD-CDS segue para 3º mandato, mas noite eleitoral foi do Chega
Partido Chega relegou o PS para o terceiro lugar, tanta na corrida à Câmara como à assembleia municipal
Com 66,6% dos votos, a coligação Ourém Sempre (PSD-CDS) segue para o seu terceiro mandato à frente do Município de Ourém, concelho que reconquistou em 2017 aos socialistas. A vitória era esperada, só não se sabia por quanto. A noite eleitoral acabou assim por ser marcada pela luta pela oposição, com a Chega a ultrapassar o PS e a afirmar-se como segunda força política, tanto no executivo como na assembleia municipal. O PSD-CDS venceu nas 16 freguesias.
“Queremos sempre mais, mas não estamos descontentes”, admitiu Cristina Pereira, coordenadora local do Chega ao JORNAL DE LEIRIA. O grupo encontrava-se “muito feliz” com os resultados, mas a responsável reconheceu que tinham esperança de eleger mais vereadores e deputados. Numa campanha eleitoral marcada pela quase ausência dos cabeças de lista no terreno, sendo que a candidata ao município, Rita Sousa, não apareceu em nenhum dos debates organizados pelos órgãos de comunicação social, Cristina Pereira relegou para os próximos dias mais informações sobre se estes vão, ou não, assumir funções.
No executivo municipal o Chega conseguiu retirar um vereador ao PSD-CDS, ficando o elenco divido em 5 PSD-CDS, 1 Chega e 1 PS. Já na assembleia municipal os resultados dão 14 deputados ao PSD-CDS, 4 ao Chega e 3 aos socialistas.
Pela primeira vez em democracia, o PSD-CDS ganhou nas 16 juntas de freguesia, conquistando inclusive o Olival, autarquia com tradição socialista e considerada a grande vitória da noite. Este foi o foco do reeleito presidente da Câmara, Luís Albuquerque, no seu discurso aos militantes, minimizando a perda do vereador com o aumento do número de votos. “Prometo que nos próximos quatro anos vamos continuar a trabalhar sempre em prol dos ourienses”, frisou.
Na sede da concelhia do PS reinava alguma resignação. Em declarações aos jornalistas, o candidato à assembleia municipal, Nuno Batista, frisou que o partido assumia as suas responsabilidades, considerando que a diminuição de votos estará relacionada com o facto de não terem concorrido a todas as freguesias. A equipa mostrou-se satisfeita por manter a representação na Câmara Municipal e na assembleia, referindo-se o cumprimentos dos “mínimos” para continuar a trabalhar.