Opinião

A concorrência

16 nov 2018 00:00

Esse temor era tanto que o levou a criar a lei do condicionamento industrial, que impedia a concorrência e favorecia o corporativismo.

Qualquer gestor e empresário dirá que a concorrência é salutar. Ouço muitas vezes a expressão “a concorrência faznos ser melhores, servir melhor os nossos clientes”.

Por outro lado, de experiência académica e prática, também sei que é a concorrência que nos tira o sono, que às vezes nos desespera e que nos faz sonhar com um ocasional monopólio.

Estes são quase sempre maus porque permitem às empresas cobrar preços altos e oferecer maus produtos, prejudicando os consumidores (quase sempre porque existem situações em que o mercado apenas suporta uma empresa a operar de forma eficiente, os chamados “monopólios naturais”).

Já Salazar temia tanto o monopólio como a concorrência, dizendo que “(..) por maiores benefícios que se reconheçam na concorrência, não há dúvida de que ela não constitui força económica permanente, pois tende para a sua autodestruição”.

Esse temor era tanto que o levou a criar a lei do condicionamento industrial, que impedia a concorrência e favorecia o corporativismo.

Mas, como em muitas outras coisas, o nosso antigo ditador estava errado, já que é a concorrência que leva as empresas a melhorar continuamente, criar novos produtos, inovar, melhorar a eficiência e é talvez por ela que esse smartphone que tem no bolso é mais poderoso que um supercomputador de há 30 anos e certamente não custa centenas de milhões de dólares.

O que deve fazer o gestor moderno?

Identificar concorrentes (di

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