Sociedade

Cientista de Leiria publica na revista Nature

25 mai 2017 00:00

Nuno Faria é primeiro autor de artigo sobre a disseminação do vírus Zika

cientista-de-leiria-publica-na-revista-nature-6515
Maria Anabela Silva

A investigação sobre a disseminação “oculta” do vírus Zika no Brasil e nas Américas é o tema de um artigo publicado na edição de Maio da prestigiada revista de divulgação científica Nature, que terá como primeiro autor Nuno Faria, cientista natural de Leiria.

Na mesma edição, que saiu esta quarta-feira, existem dois artigos complementares sobre a genética e a evolução da epidemia do Zika, também com a assinatura de Nuno Faria, num caso como autor e noutro como co-autor.

Já no ano passado, o investigador tinha publicado na revista Science um artigo sobre o aparecimento do Zika no Brasil. Em resultado de uma colaboração internacional, envolvendo as Universidades de Oxford, de Birmingham (Inglaterra) e de São Paulo (Brasil), com o apoio do Ministério da Saúde brasileiro, a investigação agora publicada incide sobre o estudo da genética do Zika no Brasil, onde foi descoberto, e na América Latina.

Este trabalho envolve o sequenciamento do genoma do vírus, que tem “proporcionado uma nova compreensão da doença e da sua rápida disseminação através do espaço e do tempo”, explica um comunicado conjunto da Universidade de Oxford e da Nature.

Para a realização desse sequenciamento, a equipa liderada por Nuno Faria, do Departamento de Zoologia da Universidade de Oxford, percorreu, no ano passado, mais de dois mil quilómetros em todo o Nordeste brasileiro, levando consigo um sequenciador de ADN portátil e “amostras testadas de mais de 1300” pacientes infectados com o vírus.

Nuno Faria nota que, “apesar de haver provavelmente milhões de casos do vírus Zika no Brasil, havia apenas um punhado de genomas de vírus conhecidos” antes desta investigação, sublinando que uma melhor compreensão da diversidade genética do vírus “é fundamental para a concepção da vacina e também para identificar áreas onde a vigilância é mais necessária”.

Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.