Saúde

António Sales: “se há momento em que foi provada a importância da hospitalização domiciliária foi durante esta pandemia”

2 jun 2020 17:18

Promover a recuperação funcional e autonomia do doente no seio da família fazem parte dos objectivos da Unidade de Hospitalização Domiciliária do Centro Hospitalar de Leiria.

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Licínio de Carvalho, António Sales e Joaquim Paulo Conceição na assinatura do protocolo entre o Grupo NOV e o CHL
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“Se há momento em que foi provada a importância da hospitalização domiciliária foi durante esta pandemia. Este foi um bom exemplo de reorganização, com 85% dos doentes infectados a serem tratados em casa”, declarou hoje, no Centro Hospitalar de Leiria (CHL), o secretário de Estado da Saúde.

“Não há nada mais agradável que ver a sociedade civil mobilizar-se em torno de causas nobres como esta”, partilhou António Sales, durante a assinatura de um protocolo entre o Grupo NOV e o Centro Hospitalar de Leiria (CHL), para oferta de uma viatura ligeira de passageiros pela LPM à Unidade de Hospitalização Domiciliária (UDH).

“Este não é o tempo para fazer balanços, é o tempo de actuar, de dar respostas, e é isso que se está a fazer com este serviço”, insistiu o governante, aproveitando a oportunidade para agradecer a dedicação de todos os profissionais de saúde durante a pandemia: “foram a vacina que precisávamos perante este corpo estranho que entrou nas nossas vidas”.

A nova UHD do CHL, já em funcionamento, consiste num modelo de assistência hospitalar ao doente agudo com patologia de complexidade elevada, que se caracteriza pela possibilidade de prestação de cuidados no domicílio.

Pretende contribuir para humanizar os cuidados de saúde, oferecendo tratamento diferenciado de nível hospitalar no conforto da residência dos doentes, reduzir a taxa de complicações relacionadas com infeções em meio hospitalar, e aproximar o hospital da comunidade.

“O CHL investiu neste projeto cerca de 70 mil euros, dos quais 37 mil em obras de adaptação, e 33 mil euros em equipamento para apetrechamento da Unidade», revelou Licínio de Carvalho, presidente do Conselho de Administração do CHL.

“A circunstância da crise que vivemos acentua mais a nossa responsabilidade em tornar esta aposta e esta oferta num investimento virtuoso, com retorno social e técnico para os nossos doentes e para o CHL”, admitiu ainda.

Promover a recuperação funcional e autonomia do doente no seio da sua família, e estimular a participação activa da família na prestação de cuidados, fazem também parte dos objectivos assumidos para esta Unidade.

Esta alternativa assistencial ao internamento convencional do CHL vai criar 10 camas de internamento no domicílio para tratamento de 160 doentes até ao final do ano, prevendo-se o seu alargamento para 15 camas em 2021, para tratamento de 570 doentes.

A Unidade funcionará 24 horas por dia, durante sete dias por semana, garantindo todo o processo assistencial do doente desde a admissão até à alta do doente, e é assegurada por cinco médicos, oito enfermeiros e um assistente técnico. Terá apoio de todos os serviços do CHL, em particular Social, Farmacêutico e Nutrição.