Desporto

A sorte de dois miúdos da Marinha Grande ou o resultado de muita preparação

12 out 2017 00:00

Eurico Nicolau e Ivan Caçador chegaram ao jogo 30 na Liga dos Campeões masculina de andebol, precisamente 11 anos depois da estreia.

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Faz agora 17 anos que surgiu uma nova dupla de arbitragem nos campeonatos distritais de andebol. A estreia, num encontro de iniciadas femininas, até nem foi má de todo, mas ficou marcada pelo facto de um dos elementos se ter desequilibrado e caído de costas numa altura em que acompanhava uma jogada.

Foi um fartote, mas também um teste prematuro à resiliência dos dois rapazes. E eles sabiam bem o que procuravam.

A evolução foi brutal e passados seis anos já estavam a dirigir partidas da elite das elites. Na próxima semana, mais concretamente no dia 21, Eurico Nicolau e Ivan Caçador comemoram o 11.º aniversário da estreia na Liga dos Campeões masculina, num jogo entre o Bregenz e o Valladolid que terminou com um pouco comum empate a 35.

O número foi crescendo, crescendo e na semana passada chegaram a um redondo: 30 jogos. A partida, disputada na Polónia, entre o Wisla Plock e o FC Barcelona, fica como um marco, mas a dupla da Marinha Grande não pára e foi nomeada para mais um desafio na mais relevante e espectacular competição de andebol do planeta.

Já esta quinta-feira, dia 12, ao fim da tarde, vão dirigir dois nomes grandes da modalidade: os alemães do Rhein-Neckar Löwen e os croatas do Zagreb.

Abalo, Narcisse, Omeyer, Cupic, Vori, Rutenka, Lazarov, Sorhaindo, Jicha, Sigurdsson, Saric. Ao longo destes 11 anos, os Ronaldos, os Messis e os Buffons do andebol foram dirigidos pela dupla da Associação de Andebol de Leiria.

São momentos especiais na modalidade que os apaixona. Eurico e Ivan ficam naturalmente “deliciados” com as roscas de 90 graus, com os remates a mais de 100 quilómetros por hora e com as defesas em espargata. Muitas vezes até comentam pelo intercomunicador os momentos únicos que acabam de assistir “em plano privilegiado”.

Espectáculo

Pela qualidade dos jogadores, dos treinadores, pelo espectáculo dentro e fora do recinto, pelo próprio conhecimento que todos os agentes demonstram ter, fazer parte integrante da Liga dos Campeões é uma “honra”.

O último jogo que apitaram, entre o Wisla e o Barcelona, foi o espelho. “Com alguma diferença no marcador, mas o público, que enchia o pavilhão, sempre a puxar pela equipa, do princípio ao fim. É a verdadeira cultura desportiva”, nota Eurico

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