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"Mais do que esperar pela onda certa, é importante ter a coragem de surfar as ondas difíceis"

18 fev 2016 00:00

Joaquim Pequicho não é só o director da Cercina e presidente da concelhia do PSD na Nazaré. Também é o praticante de surf e vela que toca bateria nos tempos livres.

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De onde vem o nome Pequicho?
Herança do meu pai, com raízes na Nazaré, naturalmente, resultado de fluxos migratórios que são a génese da fixação de pessoas neste território e que deram origem à vila que hoje conhecemos. Mas a título de curiosidade, tive conhecimento através de uma amiga de descendência árabe que Pequicho significa "não chora", que no meu caso concreto não se aplica, pois sou um pouco choramingão, principalmente, perante a injustiça, a falta de tolerância e de respeito, que infelizmente, ainda vamos sentido na sociedade contemporânea.

É uma família ligada ao mar?
As gerações recentes são muito ligadas à música, com tradição na bateria e instrumentos de sopro, como o saxofone e a trompete. A relação da família com o mar, é fundamentalmente, no reconhecimento e na admiração que temos pelos pescadores, como profissionais que se deparam com incompreensões de ordem legislativa, colocando em causa a sustentabilidade das suas profissões e mais grave, das suas famílias. (...)

Os políticos, como os surfistas, têm de saber esperar pela onda certa?
Mais do que esperar é importante procurar e ter a coragem de surfar as ondas difíceis. A Nazaré é uma onda desafiante.

Nazaré, Óbidos, Leiria, Lisboa. Onde é que apanhou melhor ondulação até agora?
A primeira onda é sempre especial. Na praia da Nazaré, a primeira onda foi uma sensação inesquecível. Não esquecer que pertenço à geração que viu num bloco de esferovite a grande oportunidade de tirar prazer de surfar uma onda. Referir que a passagem pelo Instituto Português da Juventude, como delegado regional, foi uma "boa onda" que deixou saudades pelos excelentes profissionais e amigos que tive oportunidade de conhecer.

Sonha chegar a rei do Carnaval ou mesmo presidente da Câmara?
Sonho com a solidariedade e com a inclusão e com a importância de contribuir de forma positiva para a minha comunidade.

A sua onda gigante já passou?
A vida é uma gigante onda.

Com a prancha, no mar, está mais próximo de um Marques Mendes ou de um Garrett McNamara?
Mais próximo da liberdade de pensamento e da humildade necessária perante a grandiosidade do mar.

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