Sociedade

Curvachia, uma mata de 220 hectares às portas da cidade de Leiria

16 dez 2016 00:00

Situada entre as freguesias de Pousos e do Arrabal, a Mata da Curvachia estende-se por cerca de 220 hectares de terrenos privados, conservando espécies autóctones nacionais.

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Maria Anabela Silva

As origens da Mata da Curvachia perdem-se no tempo. Foi-se formando com a aquisição de diversas parcelas e, no final do século XIX, abrangia uma área com cerca de 240 hectares. Hoje, serão aproximadamente 220 hectares.

Situada entre as freguesias de Pousos e do Arrabal, a poucos quilómetros da cidade de Leiria, esta mancha florestal, que é propriedade privada, conserva várias espécies autóctones nacionais, sendo ainda um retrato bastante fiel do que era a floresta portuguesa no século XX.

Entre carvalhos, sobreiros, vários tipos de pinheiros e alguns eucaliptos, escondem-se pequenos paraísos, que, nos últimos anos, têm atraído muitos amantes da natureza. Um uso que as donas do espaço querem regular, de forma a assegurar o “respeito pela propriedade privada” e “dar a oportunidade” de as pessoas conhecerem um lugar que alguns consideram “único”.

Na relação de bens pertencentes à casa de Joaquim Xavier de Figueiredo Oriol, que foi capitão- mor de Leiria, datada de 1839, são referidas “terras de pão” e “fazendas” no sítio da Curvachia, assim como “um casal chamado de Curvachia, que consta de casa, eira, vinha, terras de pão e pinhal”, do qual existirão ainda algumas ruínas.

No final do século XIX, a propriedade estendia-se por cerca de 240 hectares e estava ligada à Quinta de São Venâncio, também pertencente à família Oriol Pena. “A Mata da Curvachia foi, em tempos passados, terra de agricultura, com algumas zonas de floresta e matos que, durante décadas, alimentaram actividades de caça, de pastoreio e de fornecimento de lenha sediadas na Quinta de São Venâncio”, explica Carmo Cabêdo Sanches, uma das actuais proprietárias.

Segundo conta, chegaram a existir “mais de 300 rendeiros”, agricultores que trabalhavam pequenas parcelas de terra, onde se cultivavam “hortas, árvores de fruto, como cerejeiras, vinhas e olivais”.

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