Sociedade

Contas feitas, em 2015 sobraram 18,2 milhões na Câmara de Leiria

22 abr 2016 00:00

Mais receitas, menos despesa e endividamento a baixar.

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Números são números, mas, na arena política, a matemática nem sempre é ciência exacta e as contas do Município podem ter mais do que uma leitura. Os resultados da Câmara de Leiria aprovados terça-feira, dia 19, traduzem "a melhor gestão possível", na voz do presidente do executivo, Raul Castro, mas, para o líder da oposição, Álvaro Madureira, representam "opções que não agradam" à maioria dos leirienses.

Coube ao vice-presidente Gonçalo Lopes apresentar o lucro líquido do exercício de 2015: um excedente de 18,2 milhões de euros, que engorda 60% face a 2014, a contribuir para "os melhores resultados de sempre em termos financeiros". 

As receitas cresceram 10% para 80,8 milhões de euros e as despesas diminuíram 5% para 57,2 milhões, enquanto os resultados operacionais continuam positivos e estabilizaram ligeiramente acima dos 10 milhões de euros. O investimento ascendeu a 19,7 milhões.

Na visão de Álvaro Madureira, as contas da autarquia expressam "impostos elevados para aquilo que os munícipes podem pagar" e significam que "a troika continua na câmara municipal". Os sociais-democratas, que votaram contra, consideram que existe desinvestimento numas áreas e esbanjamento noutras – "Fado, futebol e festa", de acordo com o presidente da concelhia do PSD.

A principal crítica prende-se com o valor arrecadado em sede de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), mais 5,9 milhões de euros em 2015 face a 2012, que os vereadores laranjas dizem estar a maquilhar a situação financeira do Município gerido pelo PS. Raul Castro contrapõe: "O aumento do IMI tem a ver com extinção de isenções e prédios novos inscritos, não tem só a ver com as reavaliações".

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