Opinião

A lei do mais porco

2 fev 2017 00:00

A aposta recente no subsector da cobrição parece ter dado frutos, como pude constatar na última gala do Porco d’Oiro. Este efetivo pecuário gigantesco deve ser assinalado condignamente!

Se a freguesia de Leiria (compreendida entre a Estação, os Pousos e a distante Barreira) supera os 30 mil habitantes, facilmente se ultrapassa o número redondo da meia centena de milhar se lhe associarmos a Maceira, os Marrazes e a Barosa. Serão assim mais de 50 mil os habitantes diretamente ligados à capital da Alta Estremadura.

Em muitos países este número não chega para valorar o mínimo critério urbano. Se no passado a população judia foi importante para o desenvolvimento da cidade, hoje novos atores ocupam muito desse espaço, invertendo uma estável – se pobre – demografia.

Cercando a cidade por entre barracões, silvas, alfaias e ribeiras, há muitos animais que, em particular no pós-25 de Abril, decidiram radicar-se na região. Olhando para o efetivo de suínos e suínas a residir hoje na grande Leiria, facilmente nos aproximamos dos dois milhões de animais.

A aposta recente no subsector da cobrição parece ter dado frutos, como pude constatar na última gala do Porco d’Oiro. Este efetivo pecuário gigantesco deve ser assinalado condignamente!

Sabemos que Murça destaca a sua velha porca por motivos totémicos, e não empresariais. Leiria - de facto a capital do porco - não parece ainda ter assumido o valor deste agente económico e cultural decisivo no desenvolvimento do território, alicerçando, com facilidade, um novo pensamento para a cidade e suas várzeas adjacentes.

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*Investigador
*Texto escrito de acordo com a nova ortografia