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Uma escritora de Leiria na Penguin concretiza a profecia de João Tordo

8 jul 2022 11:30

Maria Francisca Almeida Gama publica A Profeta e conversa com os leitores em Leiria

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Após dois livros editados na Chiado, Maria Francisca Almeida Gama chega à Suma de Letras, chancela do grupo Penguin
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Quando há cerca de 10 anos conheceu Maria Francisca Almeida Gama, num concurso de língua portuguesa, o escritor João Tordo diz ter ficado com “a impressão rara de que havia ali uma futura escritora”. É ele próprio que o escreve, numa publicação recente, nas redes sociais. Não é profeta, mas não se enganou. O primeiro livro da autora de Leiria editado pela Suma de Letras, chancela do grupo Penguin, acaba de chegar às prateleiras das livrarias, após duas semanas em pré-venda nas lojas digitais.

A Profeta é, segundo Maria Francisca Almeida Gama, um exercício de ficção “sobre a fé” e “a justiça pelas próprias mãos”.

João Tordo está entre as primeiras pessoas a ler o romance e apresentou-o em Lisboa. A sessão em Leiria acontece este sábado, 9 de Julho, no Mercado de Sant'Ana.

Ingredientes para prender a atenção não faltam na estreia da escritora de Leiria pela Penguin. Religião, crença, amor e vingança sustentam o enredo em que a protagonista, Mariana, “mulher solitária” que “sente um profundo desprezo pela Humanidade”, lê-se na sinopse, “vai eliminando o mal do mundo e, ao fazê-lo, junta uma legião que jura segui-la para sempre”.

A violência doméstica, a toxicodependência e o vício do jogo são temas levados à história através de diferentes personagens sucessivamente apresentados aos leitores, em cada capítulo.

“O meu objectivo era que todos reflectíssemos sobre a forma susceptível em que de vez em quando nos podemos encontrar na nossa vida e que nos deixa mais vulneráveis”, diz a escritora de 24 anos ao JORNAL DE LEIRIA.

Licenciada em Direito, Maria Francisca Almeida Gama trabalhou num escritório de advogados, mas actualmente, e depois de estudar comunicação, é produtora numa rádio da zona de Lisboa. Anteriormente, publicou Em Troca de Nada e Madalena, pela Chiado.

Da literatura, ofício que considera “muito solitário”, porém, “desde pequena, a profissão de sonho”, diz não querer mais do que já queria na infância. “Acima de tudo, mais do que vender livros, espero nunca perder o gosto em ler e escrever”.