Economia

Regresso dos clientes aos restaurantes ainda é tímido

5 jun 2020 09:55

O regresso dos clientes aos restaurantes da região começa a acontecer de forma ainda tímida. As regras estão a ser cumpridas, mas é preciso reconquistar a confiança do público

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Aos poucos, o medo está a deixar de condicionar a vida dos consumidores
Ricardo Graça
Daniela Franco Sousa

Desde dia 18 de Maio foram vários os restaurantes da região que decidiram reabrir portas. Ao JORNAL DE LEIRIA os proprietários explicaram que os clientes estão a regressar aos poucos, que as regras decorrentes da pandemia estão a ser cumpridas, e que falta agora esperar que o público recupere, gradualmente, confiança para desconfinar também nos espaços de restauração.

Fátima Neves, proprietária do restaurante A Grelha, de Leiria, diz que o negócio está a correr bem, dentro daquilo que era o esperado. “Temos muito poucos clientes ainda e o regresso vai ser lento”, estima a empresária. Tal como impõem as novas directrizes, “agora só ocupamos metade dos lugares, higienizamos os locais muito mais vezes ao dia, mantemos todos os funcionários de máscara ou viseira, passámos a compor a mesa apenas quando os clientes chegam e, por nossa iniciativa, fizemos testes à covid-19 a todos os funcionários que já regressaram ao trabalho”, especifica Fátima Neves, para quem tudo isto “não é excesso de zelo”.

“São as medidas indicadas. Só assim resulta”, acredita a proprietária deste restaurante, que já foi visitado pela delegada de saúde pública e verificou que “está tudo bem”. “Nunca foi tão seguro como agora comer num restaurante”, salienta a empresária.

Também em Leiria, O Casarão reabriu dia 19 de Maio com o público a aparecer timidamente, relata o gerente, Dinis Rodrigues. Ao fimse-semana nota-se maior movimento, “que não é, mesmo assim, o movimento habitual”, ressalva o responsável. É preciso aguardar que as pessoas readquiram confiança, considera Dinis Rodrigues. “Além disso, há pessoas que estão em layoff, pessoas que estão ainda em teletrabalho e tudo isso se reflecte”, observa. A proibição das refeições em grandes grupos também tem impacto forte num restaurante onde os eventos têm peso, acrescenta o gerente.

Uma das opções dos últimos dias têm sido as refeições servidas no exterior. Tem sido uma alternativa com adesão, relata Dinis Rodrigues.

Até agora O Casarão não recebeu nenhum tipo de fiscalização. Mas está a seguir à risca as orientações das empresas que lhe prestam consultoria de apoio à implementação de sistemas HACCP. “Os custos para servir uma pessoa são actualmente consideravelmente maiores”, compara o gerente, lembrando, por exemplo, a grande quantidade de acções de higienização agora necessárias.

Quer o Casarão quer o Manjar

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