Economia

PRR: empresas do distrito lideram projectos de 380 milhões de euros

10 dez 2021 08:50

Três consórcios liderados por empresas da região foram apurados para a próxima fase das Agendas Mobilizadoras. Projectos superam os 224 milhões de euros. Dois outros, de 156 milhões, aguardam aprovação

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Erofio, empresa de engenharia e fabricação de moldes, da Batalha, é a líder do consórcio Inov.AM
Ricardo Graça
Raquel de Sousa Silva

Inov.AM – inovação em fabricação aditiva, Descentralizar Portugal com blockchain e Sustainable Stone by Portugal são as designações dos projectos a desenvolver em consórcio por entidades do distrito de Leiria que já passaram à fase seguinte dos concursos das Agendas Mobilizadoras e das Agendas Verdes para a Inovação Empresarial do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Os consórcios qualificados – 64 de um total de 144 que se candidataram em todo o País - apresentaram publicamente as suas propostas quinta e sexta-feira da semana passada, num evento realizado em Leixões.

Os três liderados por empresas do distrito prevêem, no seu conjunto, investimentos superiores a 224 milhões de euros e envolvem mais de 170 entidades, a maioria delas da região.

A estes projectos, que no início deste mês estavam então qualificados para a fase dois, juntam-se dois outros (Embalagens do Futuro e Valet), de 112 e de 44 milhões de euros, respectivamente, que na altura estavam classificados como elegíveis, mas ainda não estavam seleccionados.

O maior consórcio dos três seleccionados é o Inov.AM – Inovação em fabricação aditiva, liderado pela Erofio – Engenharia e fabricação de moldes, da Batalha, que preconiza um investimento de 98 milhões de euros.

Apresenta-se como programa mobilizador de inovação em fabricação aditiva, constituído por 78 parceiros, entre empresas de vários sectores de actividade e entidades do sistema científico nacional.

Visa o desenvolvimento de várias áreas de intervenção que incluem novos materiais, processos avançados de fabricação aditiva, processos avançados de pós produção, automação avançada e software de controlo, novos produtos, formação e capacitação de recursos humanos, lê-se na síntese disponível no site do IAPMEI.

Espera-se que o projecto contibua para o incremento da competitividade e resiliência da economia portuguesa, com base em I&DT, na inovação e na diversificiação e especialização da estrutura produtiva, “criando um possível efeito de arrasto e contribuindo para a transição digital”.

A Void Software, de Leiria, lidera o consórcio Agenda Descentralizar Portugal com Blockchain, que preconiza um investimento na ordem dos 72 milhões de euros e envolve 46 entidades.

Prevê 18 projectos para lançar ou melhorar produtos com elevado potencial de exportação e escalabilidade. “Todos os projectos estão relacionados entre si, pois fazem parte de uma mesma cadeia de valor da tecnologia blockchain”.

“Esta é uma das tecnologias mais promissoras da actualidade”, diz ao JORNAL DE LEIRIA João Mota, responsável pela Void.

“A ideia unificadora do consórcio é alavancar esta tecnologia para inovar. O nosso foco é explorá-la em várias vertentes, desde a agricultura à saúde, passando pelos videojogos e outras áreas”.

“A nossa visão é que a tecnologia blockchain contribui para reforçar o esforço de digitalização do País, acelerando a transição verde, ajudando a tornar o País mais resiliente, competitivo e sem deixar ninguém para trás”.

Como objectivos gerais, o projecto visa contribuir para a alteração do perfil de especialização da economia portuguesa; ajudar a aumentar as exportações de bens e serviços; e ajudar a incrementar o investimento em I&D do País.

A Solancis – Sociedade exploradora de pedreiras, de Alcobaça, lidera a Agenda Mobilizadora Sustainable Stone by Portugal - valorização da pedra natural para um futuro digital, sustentável e qualificado.

Promovida pelo Cluster Portugal Mineral Resources, tem previsto um investimento de 53,8 milhões de euros e envolve no total 50 entidades, das quais 20 empresas da área da pedra natural, grande parte delas da região de Le

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