Sociedade

Potência de 580 cavalos e capacidade de 32 mil litros. Eis a mais recente aquisição dos Bombeiros Voluntários da Marinha Grande

20 ago 2021 19:08

Carro substitui viatura com mais de 30 anos

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Associação apresenta nova aposta
Daniela Franco Sousa
Daniela Franco Sousa

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Marinha Grande acaba de adquirir uma viatura capaz de garantir o abastecimento de carros de combate ao fogo, e que se revela de extrema utilidade em cenários onde não existam pontos de captação de água. A sua grande capacidade de armazenamento, de cerca de 32 mil litros, também permite levar água à população em caso de ruptura de abastecimento da rede pública.

Os bombeiros contam agora com um veículo de apoio logístico específico, que vem substituir o antigo veículo de tanque de grande capacidade da corporação, que contava já com cerca de 30 anos.

Pedro Franco, presidente de direcção da associação, explica que encontrar uma nova resposta para substituir a anterior era uma prioridade. A solução passou por adquirir um tractor, de 2015, a uma empresa que estava a ser desactivada, ao qual foi acoplada a cisterna do veículo anterior, mas que foi melhorada e que está preparada para receber uma bomba, com débito maior, permitindo fazer a transacção para duas outras cisternas em simultâneo.

O novo veículo conta com potência de 580 cavalos (o anterior tinha 400) e conta com uma cisterna com capacidade para armazenar 32 mil litros, especifica o presidente que prefere não revelar o investimento realizado.

Graças à intervenção que a associação fez recentemente na impermeabilização do depósito instalado na torre do quartel, bastam cerca de 12 minutos para encher a cisterna, acrescenta Pedro Franco.

Apesar do desaparecimento de 86% da mata do concelho, no incêndio de 2017, mantêm-se as necessidades de meios humanos e de renovação dos meios técnicos, defendeu o comandante Vítor Graça. “Ainda há dias aconteceu um incêndio na mata, na zona do Pilado”, lembrou.

“A vegetação continua a está a crescer” e “o que ardeu está bom para arder outra vez se se conjugarem todas as condições, tal como aconteceu em 2017”, apontou.

“Pode arder com menos intensidade, mas pode propagar-se com a mesma velocidade. Vai depender da capacidade da primeira intervenção”, considerou.