Sociedade

Pirataria informática atinge diariamente empresas e particulares

20 mai 2017 00:00

Polícia Judiciária de Leiria tem registo de várias denúncias.

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No dia em que o Papa visitava Fátima e os olhos estavam, postos em Francisco, um alerta mundial retirou (pouco) protagonismo à chegada de Sua Santidade a Portugal. Na sexta- -feira, dia 12, cerca de 100 países sofreram um ciberataque - o número subiu nos dias seguintes -, afectando organismos e empresas como bancos na Rússia, hospitais no Reino Unido e a operadora de telecomunicações espanhola Telefónica.

Na região, vários serviços públicos, como hospitais, câmaras municipais, tribunais e registo civil, estiveram com os computadores lentos, pelo facto de ter sido instalado software adicional de segurança nas máquinas, ou sem possibilidade de aceder aos emails, devido a ordens da tutela.

Carlos Cabreira adiantou à Lusa tratar-se de umransomware, um tipo de malware que restringe o acesso ao sistema infectado e que cobra um valor de “resgate” para que esse acesso possa ser restabelecido.

“São ataques infelizmente normais que são levados a cabo para tentar obter um pagamento de resgate”, explicou o director da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica. Carlos Cabreiro acrescentou que, normalmente, “as empresas têm mecanismos e sistemas de segurança que fazem com que sustenham ou mitiguem os ataques”.

Fonte da PJ de Leiria revela que este ataque, que se suspeita ter origem na Coreia do Norte, não é novidade para os inspectores, pois “todos os dias” chegam ao departamento de Leiria denúncias de “todo o tipo de ataques” cibernéticos, quer contra empresas quer contra particulares.

A mesma fonte acrescenta que também tem registo do pedido de resgate a algumas empresas para reaver os seus dados. Não pagou resgate Embora não tenha apresentado queixa nem pagado o resgate, porque conseguiu reaver toda a informação subtraída, uma empresa de Leiria foi alvo de um ataque idêntico no Verão do ano passado.

“Detectámos a situação, porque quando as pessoas chegaram à empresa não tinham internet. Apareceu uma mensagem no servidor com informação do 'pirata' a pedir um resgate”, conta o responsável pela informática da empresa.

Segundo relatou ao JORNAL DE LEIRIA, nenhum ficheiro do windows funcionava”. “Todos estavam encriptados. Ficámos com a rede bloqueada e sem acesso a nada.”

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