Desporto

Nem a "brincadeira maldosa" abalou a motivação de Tolstikov

14 jul 2016 00:00

Presidente da SAD da União de Leiria quebrou o silêncio depois de ter estado dois meses detido no âmbito na Operação Matrioskas.

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O tempo não é de lamentações. É hora de seguir em frente, porque o projecto que Alexander Tolstikov tem para a SAD da União de Leiria sofreu um abalo com o terramoto, sim, mas está longe de ruir.

Esta terça-feira, o russo decidiu divulgar o que lhe vai na alma. Acima de tudo, mostrou motivação para continuar a fazer da cidade um palco de bom futebol.

Passaram mais de dois meses desde que a Operação Matrioskas atordoou todo o universo unionista, com acusações por parte do Ministério Público de branqueamento de capitais, associação criminosa e falsificação de documentos.

Tolstikov e o seu assessor, Sérgio Renita, estiveram detidos quase dois meses até que no primeiro dia do mês foram libertados, tendo ficado sujeitos a a apresentações periódicas às autoridades e proibidos de se ausentarem do País.

Alexander Tolstikov mostrou-se “surpreendido” com o que foi veiculado pela comunicação social. “Estranhei bastante as descrições que fizeram sobre mim. Não imaginava tal coisa nem nos meus piores pesadelos”, sublinhou o responsável, indignado com as ligações à máfia russa que lhe foram apontadas.

“Pela primeira vez fui à polícia, e foi em Portugal. Quero garantir que não tenho nenhuma ligação à máfia, nem sei o que é isso, e os documentos que foram apresentados na justiça provam-no. Por isso, estamos hoje em liberdade”, enfatizou.

O que se passou? “Temos muita dificuldade em perceber”, disse Alexander Tolstikov, que adianta três suposições. “Li na imprensa que podia ter sido escrita uma carta pela antiga direcção do clube para pedir à Justiça que verificasse o investimento, mas não quero acreditar nisso.”

Ou então, “o trabalho que estava a ser desenvolvido, não só no campo, mas também nas transferências dos jogadores, e que não é vulgar num clube do terceiro escalão, pode ter levantado primeiro interesse e depois vontade de investigar.” Finalmente, “chegámos a pensar que tinha que ver com a luta pela subida à 2.ª Liga, não só neste ano, como no ano passado”.

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