Viver

Nélson Araújo: “Revejo-me no papel de um filho que deixou tudo para seguir o seu caminho”

18 mar 2018 00:00

Almanaque | Chefe do Gabinete da Presidente da CMMG/promotor turístico

Que remédio é que usa para baixar a tensão?
Um bom vinho com uma boa companhia, talvez no Old Beach (Praia Velha), a ver o mar. Nada me dá mais tranquilidade do que estar ao lado de quem me quer bem.

Se acontecesse um cataclismo e só pudesse salvar três músicas quais seriam?
I Will Always Love You, de Whitney Houston, Haja o que houver, de Madredeus e Melhor de Mim, da Mariza. São músicas que representam etapas diferentes do meu percurso onde tem sido constante um ideal romântico e a esperança de que o “amanhã será sempre melhor, haja o que houver”.

Está no baile da aldeia e dá-lhe uma vontade repentina de dançar.
Quem é que convida para seu par? Já estive em muitos bailes de aldeia/paróquia. Mas sempre na frente da Igreja. Convidava a minha mãe. Foi ela quem me ensinou a dançar nos bailes das colectividade na Marinha. Punha os pés em cima dos dela e aprendi os ritmos das diferentes danças, do tango à valsa e, claro, as marchas portuguesas.

Imagine que o banco se enganou a seu favor, o que fazia se acordasse milionário?
Quando a esmola é grande, o pobre desconfia. Devolvia tudo o que não era meu.

Que personagem de Hollywood gostaria de ter sido?
Indiana Jones. Pela aventura, a história e os lugares exóticos.

E para contracenar consigo?
Meryl Streep. A melhor actriz de sempre.

É estudante de cinema e precisa de um orientador de estágio. Que realizador escolheria?
Tim Burton.

A justiça foi injusta, o tribunal enganou-se e vai ter de estar em prisão domiciliária durante um ano. Três objectos indispensáveis...
1. Telemóvel/Tablet com internet ilimitada 2. Netflix. Porque sou viciado em séries 3. Passadeira/Bicicleta de fitness, para queimar as calorias.

Se, por acaso, algum dia morrer, como gostaria de ser recordado?
Um Homem Bom.

O sonho que comanda a vida é…
Felicidade. A nossa e a dos outros. Porque só é verdadeiramente feliz quem faz Feliz alguém. Todas as minhas opções de fundo têm este ideal: ser e fazer Feliz.

I'll be back! De onde é que sai com esta frase mítica?
Já saí. Mas não voltei. Estive quase a voltar, mas não aconteceu. Se me arrependo? Tem dias.

Vai para Tenerife assistir a uma demonstração de colchões, mas decide desviar o avião. Para onde?
Marrocos. Não conheço, mas tenho uma curiosidade enorme pelo país e pela História da presença portuguesa ali.

Quer impressionar alguém, que história, baseada em factos verídicos, conta?
Não tenho por hábito querer impressionar os outros. Sou quem sou e como sou e não o que os outros gostariam que eu fosse. Quem não gosta, o caminho é suficientemente largo para passarmos todos sem nos atropelarmos.

Se tivesse de passar seis meses numa ilha deserta, quais seriam os três livros que levaria?
Cem anos de Solidão, Gabriel García Marquez; Pilares da Terra, Ken Follet; O Crime do Padre Amaro, Eça Queiroz

Em criança, quando fosse grande, gostaria de ser...
Professor primário. Por influências de terceiros - diziam então que era um curso para o desemprego! Não cheguei sequer a tentar. Ainda hoje me arrependo de não ter feito esse percurso. Teria sido um excelente professor do Ensino Básico.

Passa pela quermesse da Christie’s e tira uma rifa, que obra de arte gostaria que lhe calhasse?
O Filho Pródigo, de Rembrandt. Porque me (re)vejo continuamente nesse papel de um filho que deixou tudo para seguir o seu caminho, mas que, no fundo, sabe que só será verdadeiramente Feliz quando regressar à Casa do Pai.