Sociedade

Município de Leiria promove limpeza do rio Lis na zona urbana

18 jun 2019 00:00

Acções prioritárias levadas a cabo no troço entre a Ponte Hintze Ribeiro e o Açude da Fonte Quente, com vista ao fecho do mesmo.

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O Município de Leiria iniciou a limpeza do rio Lis na zona urbana, numa intervenção que terá um investimento de cerca de 12 mil euros, anunciou hoje a autarquia.

Segundo a Câmara de Leiria, o processo de limpeza e valorização vai ocorrer na frente ribeirinha do rio Lis, ao longo da zona urbana, estando previsto um conjunto de intervenções que se vão prolongar nos próximos meses.

A limpeza iniciou-se esta segunda-feira, com acções prioritárias entre a Ponte Hintze Ribeiro e o Açude da Fonte Quente, com vista ao fecho do mesmo, informa ainda a autarquia, salientando que o “plano de trabalhos contemplou o sistema semi-natural que atravessa a cidade e que carece de controlo de espécies invasoras lenhosas e de plantas aquáticas, situações que requerem intervenções plurianuais”.

As acções prevêem também a “remoção de material sedimentar que se acumula em locais indesejados obstruindo o normal fluir do rio”.

“Além destes exemplos, existem outras situações que carecem de intervenções regulares, como a remoção de troncos e de ramos presentes no leito bem como a remoção de resíduos. Também serão removidas as árvores mortas presentes nas margens e feita poda de regeneração ou cortes de formação nos exemplares que o careçam e na altura do ano adequada”, acrescenta o Município de Leiria.

A Câmara revelou ainda que o “fecho do açude da Fonte Quente não será persistente no Verão isto face a necessidades ecológicas que aqui existem, uma vez que originaria uma redução da velocidade da água e propiciaria a manutenção da sua temperatura, condições que, aliadas à falta de ensombramento em vários locais, são ideais ao rápido crescimento das plantas aquáticas”.

“Só a abertura do açude quebra a estagnação da água permitindo também a normal deslocação e migração de peixes.”

Relativamente às plantas aquáticas presentes no leito, o Município considera “imprescindível controlar a densidade já existente, embora a sua remoção não seja total, pois estas assumem um importante papel ecológico, por exemplo, constituindo refúgio para espécies piscícolas mas também devido à sua acção depuradora da água”.

“Foi precisamente por aqui que se começou a operação, intervindo-se na zona central e preservando-se zonas de margens onde está a acontecer desova de peixes e abrigo de ninhadas de pato-real”, exemplificou.