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João Leiria: "No palco sinto uma protecção e uma segurança inexplicáveis"

25 fev 2019 00:00

Concerto de apresentação do álbum de estreia acontece no Teatro Miguel Franco.

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Ao fim de 13 anos a interpretar covers, porquê o primeiro álbum de originais?
Sempre o quis fazer mas nunca tive essa coragem. E, na altura, estava preocupado com o que queriam ouvir e não com o que eu queria transmitir. Mas mais vale tarde, que nunca.

Há algum episódio na história de vida que tenha servido de gatilho para este momento criativo?
Sem dúvida alguma que o nascimento da minha filha há dois anos atrás foi o factor decisivo para achar que devia abrir a gaveta dos rascunhos e partilhá-los. Entrar no carro e ouvi-la pedir a minha música faz com que sinta que valeu a pena cada segundo a fazer este trabalho.

É mais difícil para alguém que passa tanto tempo com canções de outros encontrar o registo adequado para se expressar em nome próprio?
Talvez seja, sim. As influências e referências são impossíveis de ignorar. Todos nós as temos. E, por um lado, a estrada de bares traz-nos alguns vícios técnicos que poderão ser, ou não, bons. Por outro, acho importante ter noção disso e filtrar para os originais apenas as coisas positivas que os covers nos trazem.

No disco participam vários músicos convidados. Vão estar também no concerto de apresentação, dia 28 de Fevereiro, no Teatro Miguel Franco?
Este disco contém muitas participações de grandes músicos e amigos. Conta com um grande trabalho técnico e de co-produção do leiriense Rui Calças e de vários teclistas, bateristas, violinistas, metais… Somos sete músicos em palco. Não vão estar todas as pessoas que participaram no álbum mas vão estar algumas. O concerto vai ter um ambiente muito intimista. As pessoas vão assistir a um espectáculo e não apenas a um concerto.

De onde vêm as influências de folk, música celta e americana?
Em grande parte, é culpa do meu pai. Sempre tivemos em casa muita música deste género e com seis anos de idade o ultimato seria fazer os trabalhos de casa se, ao mesmo tempo, pudesse ouvir o disco dos Creedence Clearwater Revival. Aos 12 anos pedi-lhe para me levar à Irlanda e não à Eurodisney. Viajar sempre foi o meu maior vício e ter vivido lá fora fez com que alargasse os meus horizontes musicais e que me apaixonasse ainda mais por este estilo.

Diz que se sente melhor no palco do que em qualquer outro lugar.
Sempre fui uma pessoa muito tímida. No palco sinto uma protecção e uma segurança inexplicáveis. Fecho os olhos e deixo-me levar. Muitas das vezes evito fazer intervalo nas minhas actuações porque nem sei para onde ir, o que fazer e a quem falar. Não imagino estar muito tempo sem luzes, palmas e todo aquele nervosismo contagiante que o palco

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