Sociedade

Gravuras rupestres descobertas em gruta da serra de Alvaiázere

21 jun 2018 00:00

No Algar da Água investigadores luso-brasileiros procuram vestígios do passado. Já foram encontradas pinturas rupestres, ossos, cerâmica e carvão, com mais de três mil anos.

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Maria Anabela Silva

Localizada em plena serra de Alvaiázere, a gruta do Algar da Água está a ser alvo de escavações arqueológicas desenvolvidas por uma equipa multidisciplinar lusobrasileira.

Os trabalhos, que começaram no início de Junho e que se irão prolongar até Agosto, já puseram a descoberto uma dezena de pinturas rupestres e outros vestígios, como ossos, cerâmica e carvão, com mais de três mil anos.

As escavações estão integradas no projecto Medice – Memórias, dinâmicas e cenários desde a préhistória à época romana - que, sob a coordenação de Alexandra Figueiredo da Unidade Departamental de Arqueologia, Conservação e Restauro e Património do Instituto Politécnico de Tomar, procura, há vários anos, deslindar alguns dos mistérios que a serra de Alvaiázere esconde.

Desta vez, os trabalhos incidiram sobre o sítio do Algar da Água, uma cavidade com “cerca de cinto metros de altura e quase 20 metros de comprimento”, localizada no topo da serra. “Até ao momento registámos, pelo menos, três momentos distintos da história, para além de uma dezena de gravuras rupestres presentes nas paredes" revela ao JORNAL DE LEIRIA Alexandra Figueiredo.

Segundo a investigadora, os elementos já recolhidos permitem concluir que a cavidade “foi usada na pré-história, durante a Idade do Ferro e na Época Romana, possuindo mais de 3000 anos de ocupação".

No decorrer dos trabalhos, as estruturas e “contextos” são delimitados e os vestígios materiais e osteológicos (ossos) retirados “com todo o cuidado” e levados para o Laboratório de Arqueologia e Conservação do Património Subaquático, onde se procede à sua estabilização, tratamento e estudo.

"Os que registam mais cuidado são os materiais ferrosos do período romano", explica Cláudio Monteiro, conservador da equipa, frisando  húmida”, esses vestígios encontram- se em “mau estado de conservação, requerendo atenção imediata especializada, para os adaptar ao ambiente fora da gru

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