Sociedade

Fugas, revoltas e personalidades que marcaram os 100 anos do PCP no distrito

5 mar 2021 18:00

Das revoltas, às espectaculares fugas da prisão, passando pela actividade das várias tipografias clandestinas que funcionaram no distrito e pelos comícios "memoráveis", recordamos alguns dos episódios e das personalidades que marcaram a história do PCP no distrito.

Comício do 18 de Janeiro em 1976, na Marinha Grande
Comício do 18 de Janeiro em 1976, na Marinha Grande
Centro de trabalho do PCP em Alcobaça foi uma das sedes do partido tomadas de assalto no Verão Quente de 1975
Centro de trabalho do PCP em Alcobaça foi uma das sedes do partido tomadas de assalto no Verão Quente de 1975
PCP
Revolta do 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande
Revolta do 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande
Maria Anabela Silva

A propósito dos 100 anos da fundação do PCP, que se assinalam este sábado, dia 6 de Março, o JORNAL DE LEIRIA recorda alguns dos momentos e das personalidades que escreveram a história do partido no distrito.

Das espectaculares fugas do forte de Peniche protagonizadas por Álvaro Cunhal e mais nove companheiros - entre os quais Joaquim Gomes, natural da Marinha Grande -, e de Dias Lourenço, passando pela insurreição do 18 de Janeiro de 1934, pela Revolta dos Falcões, liderada pelos trabalhadores agrícolas do Bombarral, e pelo motim de Peniche.

Nesta história cabe ainda a actividade das tipografias clandestinas que o partido teve no distrito, nomeadamente nos Marrazes (Leiria) e em Barqueiro (Alvaiázere), e a casa de apoio na Cela, em Alcobaça, onde Álvaro Cunhal viveu, na clandestinidade, cerca de dois anos.

Pela voz de alguns dos intervenientes, recordamos o primeiro comício livre que, em 1975, trouxe o carismático líder do PCP ao pavilhão da Embra, na Marinha Grande, e o assalto ao centro de trabalho dos comunistas em Alcobaça no Verão Quente de 1975, quando a sede do partido em Leiria foi também tomada pelas forças da contra-revolução.

Nesta viagem pelo tempo, evoca-se ainda o percurso de alguns dos mais destacados resistentes antifascistas no distrito, onde se incluem José Moreira e António Lopes Almeida, mortos às mãos da PIDE, sem esquecer os muitos anónimos que lutaram pela liberdade e pela defesa dos “interesses da classe operária e do povo”, alguns pagando com a reclusão ou até com a própria vida, como recordou André Martelo, membro da Direcção Regional de Leiria e do Comité Central do PCP, durante a apresentação das comemorações distritais do centenário do partido.

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