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Dois novos museus e ascensores para o castelo no plano Leiria Capital da Cultura 2027

11 nov 2015 00:00

Museu de Leiria abre no domingo

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O Museu de Leiria, que abre no domingo, a criação do Museu de Arte Sacra e a instalação de ascensores de acesso ao Castelo são propostas de Leiria para a candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027.

O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, que incluiu aqueles projectos naquilo que chamou "um puzzle" a completar "pouco a pouco", até existir uma rede de oferta cultural e gastronómica na cidade.

"Está em causa uma meta superior: avançar com a candidatura de Leiria a Capital da Cultura em 2027, quando está previsto haver uma cidade portuguesa escolhida."

O autarca lembra que "há 11 anos para completar o plano", sublinhando a necessidade de tal acontecer "sem grandes derrapagens, com rigor na gestão".

"A pretexto de um grande evento internacional, não podemos perder a cabeça, gastando o que não temos".

Um dos projectos que integram esse plano para dotar Leiria de condições que permitam ser capital europeia da cultura abre domingo, o Museu de Leiria, investimento de 2,880 milhões de euros.

O novo museu junta-se ao Moinho do Papel, na mesma zona, num núcleo que ficará concluído quando avançar o Museu de Arte Sacra, em parceria com a Diocese de Leiria-Fátima.

A instalar no antigo Seminário Diocesano, onde funcionou o Distrito de Recrutamento e Mobilização Militar (DRM) de Leiria, o Museu de Arte Sacra está dependente da formalização da aquisição do imóvel e de um acordo com a Cruz Vermelha.

"Tem sido complicado", assume Raul Castro, que aguarda a resolução de "questões burocráticas da parte da Direção-Geral do Tesouro e das Finanças (DGTF)".

Segundo o presidente da Câmara, "o acordo está feito", no valor de 600 mil euros, mas "não tem havido a celeridade que se gostaria da parte da DGTF".

"Gostávamos que 2016 fosse o ponto de partida para o Museu de Arte Sacra. O espaço degrada-se dia-a-dia e já quase não se aproveita lá nada, só ficarão praticamente as paredes exteriores", sublinha.

Também a valorização do castelo integra o plano de Leiria para ser escolhida como capital europeia da cultura.

Além das acessibilidades internas no monumento, a autarquia quer animação regular e uma cafetaria a funcionar no interior. Destaque também para a instalação de dois elevadores, em cada uma das vertentes do castelo, que permitirão uma subida mecânica aos visitantes.

"Estamos a elaborar projectos e saber quanto vão custar. As estimativas rondam os cinco milhões, mas tudo depende do projecto final, que tem de ter a aprovação prévia da Direcção Regional da Cultura do Centro. Se isso acontecer, queremos avançar com as intervenções no próximo ano", afirma o autarca.

Raul Castro antecipa a circulação das visitas dos turistas entre o castelo, o Museu da Imagem em Movimento, a Torre Sineira, a Sé e o futuro Centro de Diálogo Interculturas, a instalar na Igreja da Misericórdia.

"Numa outra fase, articularemos também com o Museu Escolar, nos Marrazes, e o Agromuseu, na Ortigosa, completando o ‘puzzle'. Queremos que Leiria seja reconhecida a nível nacional, numa primeira fase, e internacional noutra, como um destino a escolher", conclui o autarca.

Leia mais na edição de amanhã, quinta-feira, sobre o novo Museu de Leiria