Desporto

Derrota em Alvalade coloca Marinhense fora da Taça de Portugal

22 nov 2025 21:00

Apesar de perder os 3-0, o emblema vidreiro soube responder aos leões e cumpriu uma boa exibição em campo

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Inês Gonçalves Mendes

O AC Marinhense foi, hoje, derrotado pelo Sporting CP, por 3-0, em jogo a contar para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.

Era esperado um encontro difícil, dada a diferença de escalões, mas, ainda assim, o emblema vidreiro mostrou as suas capacidades em campo, sem se deixar intimidar pelos leões.

A bola passou grande parte do tempo no meio-campo do Marinhense, com a equipa a evitar várias tentativas dos verdes e brancos a chegar à baliza.

Os adeptos do Marinhense – cerca de 600 nas bancadas – fizeram-se ouvir dentro do estádio e, ao longo de toda a partida, demonstraram o seu apoio.

O primeiro golo do Sporting surgiu aos 28 minutos, pelos pés de Francisco Trincão, que repetiu o feito cerca de 10 minutos depois, com um remate fora de área, longe do alcance do guarda-redes alvinegro.

A apostar num bloco defensivo recuado, os marinhenses conseguiram ameaçar a área leonina e, na primeira parte, Filipe Oliveira tentou um remate à baliza, sem sucesso.

O conjunto leonino ainda levou a bola às redes ao minuto 45, mas o golo foi invalidado por fora-de-jogo, com os jogadores a irem para o balneário com o marcador nos 2-0.

Destaque para a exibição do guardião Ohoulo Framelin, com várias defesas dignas de registo.

O Marinhense não abrandou o ritmo na segunda parte, mantendo um bloco defensivo fechado, contudo, estes 45 ficaram marcados por várias paragens, com jogadores em dificuldade física.

O terceiro golo leonino chegou aos 81 minutos, por Luís Suarez.

Aos 87 minutos, o Marinhense viu-se reduzido a 10 jogadores, após a saída de Diallo, que recebeu assistência médica e teve de deixar o relvado, quando o emblema não tinha mais substituições disponíveis.

O Sporting continuou a ameaçar a baliza do AC Marinhense, mas o marcador manteve-se inalterado.

 

“Foi um óptimo resultado”

Em conferência de imprensa, Renato Sousa mostrou-se orgulhoso da exibição do clube. “Com toda a instabilidade que todos nós conhecemos, tenho a certeza que foi um óptimo resultado e um excelente desempenho de todos os jogadores”, afirmou.

Aos jornalistas, o técnico referiu que viu em campo “um espírito de resiliência muito evidente”, com “foco e motivação muito grande” ao longo da partida.

Referindo-se à instabilidade vivida pelo emblema, após a suspensão do treinador Rui Sacramento, Renato Sousa adiantou que “foi muito fácil” motivar a equipa para o desafio de hoje, já que todos olharam para a partida como um marco na carreira.

O timoneiro dirigiu ainda uma palavra especial a Gonçalo Batalha, jovem que fez toda a sua formação no Sporting CP e que agora representa o clube da cidade onde nasceu. “Se tivemos o resultado de hoje, muito se deve ao Gonçalo Batalha. Por tudo o que fez por nós, equipa técnica. Ajudou-nos bastante”.

O jogador foi mesmo o capitão de equipa, envergando a braçadeira cedida por João Vieira, gesto considerado “muito bonito” pelo técnico.

Renato Sousa admitiu que toda a equipa técnica, oriunda da formação do AC Marinhense, viveu “uma montanha-russa” de emoções, com “poucas horas de sono” a preparar o embate de hoje, contabilizando apenas três dias de trabalho. Por isso, “nem deu para saborear o momento”.

“A dado momento, durante o jogo, foi uma sensação fantástica”, confessou.