Sociedade

Cercilei luta por uma sociedade menos indiferente

8 abr 2016 00:00

Portugal é cada vez mais uma sociedade mais assimétrica à escala europeia

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Uma carta fora do baralho! foi o mote que deu início ao debate sobre como combater a diferença num país onde as assimetrias são uma realidade a vários níveis, no âmbito do 7.º Encontro na Diferença, organizado pela Cercilei.

Maria Louro, psicóloga forense, abordou a violência doméstica, temática que serviu de exemplo para demonstrar de que maneira o sistema judicial falha perante o combate das assimetrias existentes em Portugal. Após os números apresentados, que espelham uma sociedade marcada por grandes índices de violência conjugal, a sua conclusão remete o auditório para a questão “como é que as vítimas podem acreditar no sistema judicial?”.

Segundo Maria Louro, “os dispositivos não estão preparados para dar apoio às vítimas”, na medida que para além de não haver técnicos em tribunal para as acompanhar, no fim do processo só se pensa em reabilitar o agressor, quando é essencial reabilitar a pessoa violentada.

É neste contexto, que Carlos Poiares, professor na Universidade Lusófona, defende que “temos juristas que não conhecem pessoas mas vão julgar pessoas”. Para o também psicólogo forense, Portugal é cada vez mais uma sociedade mais assimétrica à escala europeia, em que perpetuam os interesses económicos e revela-se um palco de ostentação e extremismo económico-social.

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