Sociedade

Centro Hospitalar trata “quase 90%” dos casos de cancro que diagnostica

15 fev 2018 00:00

Leiria ainda sem resposta para tumores ao nível ginecológico e do sangue

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Maria Anabela Silva

Tumores do pulmão, cólon e recto, próstata, estômago e mama são os cancros mais comuns e mais mortais em Portugal e, como tal, são também aqueles que o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) trata com mais frequência, dando resposta a “quase 90%” das situações oncológicas que diagnostica.

Sem tratamento na região estão ainda tumores ao nível ginecológico e da hematologia (sangue) e casos “muito específicos” de outras especialidades.

“Tratamos as patologias mais frequentes e prevalentes. Quase 90% das situações oncológicas que diagnosticamos são aqui tratadas”, revela Alcina Ponte, directora do Hospital de Dia e do Serviço de Medicina Interna do CHL.

A médica explica que as situações que não podem ser tratadas em Leiria se devem essencialmente ao “défice de especialistas”. É o que acontece, por exemplo, com a hematologia. “Já tivemos, mas como presentemente não existe nenhum hematologista, não conseguimos dar resposta a esse nível”, refere.

Se em algumas áreas a falta de especialistas obriga os doentes a procurar resposta noutras regiões, nomeadamente em Coimbra, outras há em que o CHL é considerado uma “referência”. A instituição está, desde 2016, reconhecida como centro de referência para a área de oncologia de adultos no cancro hepato-biliopancreático (pâncreas, fígado e vias biliares) e do cólon e recto.

“Significa que as várias especialidades médicas envolvidas no tratamento da doença, desde a cirurgia, anatomia patológica, anestesiologia, gastrenterologia, oncologia médica até à radioterapia, oferecem ao doente um tratamento de acordo com as normas internacionais de melhor excelência, incluindo o timing óptimo, desde o diagnóstico e avaliação em reunião multidisciplinar até ao tratamento”, explica a oncologista Cristina Pissarro.

Além da “diferenciação dos elementos da equipa”, a classificação de um centro de referência reconheceu também a “capacidade técnica e tecnológica” do CHL no tratamento daqueles cancros.

“É centro de referência o serviço, departamento ou unidade de saúde reconhecido como o expoente mais elevado de competências na prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade, em situações clínicas que exigem uma concentração de recursos técnicos e tecnológicos altamente diferenciados, de conhecimento e experiência, devido à baixa prevalência da doença, à complexidade no seu diagnóstico ou tratamento e/ou aos custos elevados da mesma”, explica o portal do Serviço Nacional de Saúde.

No caso do cancro do fígado, pâncreas e vias biliares, o reconhecimento como centro de referência foi o “culminar de uma prática continuada e persistente de cirurgia”, dirigida “sobretudo para a área oncológica, iniciada há mais de 20 anos”, pode ler-se num artigo publicado, na última edição da revista do CHL, datada de Outubro, onde é sublinhada a importância da criação de equipas saúde especialmente dedicadas a esta p

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