Economia

Ano novo, preços novos

5 jan 2018 00:00

Do pão à renda da casa, passando pelas portagens e pelas inspecções automóveis, são vários os bens e serviços que sofrem uma subida dos preços com a chegada do novo ano

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Raquel de Sousa Silva

É um dos produtos básicos da alimentação dos portugueses e sofre uma actualização de preço com a chegada de 2018. O aumento das despesas do sector justifica “correcções” no preço do pão, admite o presidente da Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte (AIPAN), sem contudo especificar em quanto. A Deco diz ter a indicação de que subirá 2,5%, valor que considera um aumento “muito grande”.

“Não há dúvida que nenhuma actividade pode estar sem fazer alguma correcção nos preços dos seus produtos durante sete anos sem que isso tenha reflexos económico-financeiros dentro das empresas. Os combustíveis, entre 2011 e 2017, subiram mais de 50%, os salários tiveram um crescimento na casa dos 19%, os custos de manutenção, estimamos que tenham superado os 60% e temos ainda os ovos [cujo preço] subiu cerca de 50% desde a altura dos incêndios”, explicou à Lusa António Fontes, presidente da AIPAN.

Se por um lado as tarifas no mercado regulado irão baixar para os consumidores domésticos – 0,2%, o que significará menos nove cêntimos numa factura média mensal na ordem dos 46 euros – por outro os consumidores do mercado livre verão a conta subir. A EDP Comercial já admitiu que vai aumentar o preço da electricidade em 2,5% este ano, devido à subida do preço da energia do mercado grossista no último ano, na ordem dos 24%, disse o presidente da empresa.

De acordo com a Lusa, a empresa está a comunicar aos seus clientes a actualização dos preços justificando que “com a publicação das novas tarifas de acesso às redes pela ERSE e a actualização dos custos de energia, os preços da electricidade serão actualizados”.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos já deixou um conselho aos consumidores: comparem preços e mudem, nomeadamente para o mercado regulado, se encontrarem condições mais vantajosas.

Reconhecendo que a energia é um sector “complexo”, onde há “pouca margem para os comercializadores praticarem preços competitivos”, Paulo Fonseca, jurista da Deco, lamenta que as empresas estejam a aproveitar para subir preços. “A possibilidade de regresso ao mercado regulado é interessante, mas o que queremos é um verdadeiro mercado livre com preços competitivos”, disse ao JORNAL D

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