Sociedade

Pinhal de Leiria precisa de milhões de árvores, incluindo sobreiros

25 jan 2018 00:00

Plano de reflorestação fica pronto até ao mês de Julho.

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No meio da torrente de selfies com as crianças do Agrupamento de Escolas de Vieira de Leiria, o primeiro- ministro encontrou alguns segundos para agarrar na enxada e pôr mãos à obra. "Aqui? Aqui neste sítio?". Aí mesmo. Um sobreiro, que António Costa baptizou de imediato, com o nome de um aluno, a simbolizar o novo Pinhal de Leiria, que já está a nascer: mais resistente ao fogo, com maior diversidade de espécies.

Também chamado Pinhal do Rei, a jóia da coroa das matas nacionais ardeu em 86% – do total de 11 mil hectares – no incêndio de 15 e 16 de Outubro. "A tarefa é grandiosa, para termos de novo as cerca de 250 milhões de árvores que terão de crescer neste lugar", alerta a presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Cidália Ferreira. Depois do primeiro desbaste, dentro de alguns anos, o povoamento será reduzido a duas mil árvores por hectare. O primeiro-ministro deu uma ajuda na segunda-feira, junto à Secundária Loureiro Botas, em Vieira de Leiria, antes de seguir para a apresentação da estratégia de recuperação da Mata Nacional de Leiria, que decorreu no auditório da resinagem, na Marinha Grande.

Plano pronto até Julho. Até ao próximo mês de Julho, o Governo quer ver concluído o plano de reflorestação do Pinhal de Leiria, cuja prioridade é a regeneração natural. A tarefa está entregue a uma comissão científica, constituída na segunda-feira, que inclui especialistas de sete universidades e politécnicos. Também a população, as empresas, as autarquias e outras personalidades e instituições do concelho são chamadas a colaborar, através do Observatório Local do Pinhal do Rei. A estratégia de recuperação da Mata Nacional de Leiria envolve ainda um plano de corte de árvores, a executar ao longo de ano e meio, que já começou no terreno, com prioridade para a madeira de maior valor e árvores que representem mais risco para a circulação nas estradas. E um plano de gestão florestal de médio e longo prazo, com previsão de custos e receitas.

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