Viver

Nova exposição marca 10 anos de Carla de Sousa a fotografar

1 abr 2022 19:00

Exposição Impermanências é inaugurada este sábado no m|i|mo

nova-exposicao-marca-10-anos-de-carla-de-sousa-a-fotografar

De que modo os momentos irrepetíveis determinam as nossas decisões? A pergunta dá o tom para a exposição individual Impermanências, com que Carla de Sousa assinala 10 anos de carreira.

“O impermanente vai moldar o nosso futuro. E o presente também”, realça a artista, que apresenta no museu m|i|mo cinco fotografias inéditas, uma videoinstalação sonorizada por André Barros e uma instalação colectiva. A exposição é inaugurada no próximo sábado, 2 de Abril, pelas 16 horas.

Constituída a partir de contributos de mais de 40 autores, a instalação colectiva é uma homenagem de Carla de Sousa aos amigos e artistas que a apoiaram e inspiraram, nos últimos 10 anos. “Parte do meu percurso também resulta dos contributos destas pessoas”, diz ao JORNAL DE LEIRIA. “Nunca imaginei chegar onde estou hoje, em 2012 eu era uma mera curiosa da fotografia, era um hobbie que eu tinha e que de alguma forma se tornou algo muito presente”.

E, após 10 anos, o que permanece gravado? “São sobretudo memórias sensitivas porque as minhas imagens reproduzem um percurso emocional que venho fazendo”.

A exposição mantém-se aberta até 19 de Junho e está prevista, em Maio, uma visita guiada e conversa com Carla de Sousa, além de duas performances de Inesa Markava (em Abril e em Junho).

Em Impermanências, Carla de Sousa convoca “a temática da memória na sua relação com o que não permanece” e explora “o modo como o efémero contamina a memória e como a memória é tudo, menos precisa”. No processo, conduz o público através de “elementos que, representando o efémero, o momento, o instante, se predispõem a permanecer, de alguma forma, na memória”.

Lê-se na declaração da artista: “Viver, sentir e guardar, algures num lugar da mente, momentos, imagens, sons, odores, sabores, experiências que irão perdurar para além da sua efemeridade é, eminentemente humano e, contém, um múltiplo exercício de aprendizagem, sobrevivência e esperança no devir”.