Viver

Ninjas e Princesas - Este ano é que é

11 jan 2017 00:00

Então pessoal, como vai isso? Já se arrependeram de comprar aquela prenda caríssima para o miúdo? Aquela que ele ainda nem pegou!

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Pois, é uma pena, e um desperdício, e um acumular de plástico sem precedentes. Não se preocupem, haverá muitas possibilidades de lhe darem mais qualquer coisinha para o compensar em 2017.

Por falar nisso, e o ano novo, fortíssimo? Aquela contenção nos cigarros já acabou? Pois, é normal, perceber que este ano é igual ao anterior é uma coisa stressante. Olhem, eu tenho lido mais. O meu filho teve a amabilidade de me deixar ir eu deitá-lo e, portanto, só este ano já li um da Patrulha Pata e outro do Jake e os seu amigos piratas.

Em relação a correr, tenho mantido aquele ritmo digno de youtuber do crossfit, acordamos sempre ligeiramente atrasados e a partir daí é sempre a correr e a transpirar para a coisa não descambar para o nível de problemas com o patrão.

Não sou de resoluções, há muito que percebi que é difícil mudar um homem só com listas. Mas se for para falar de desejos estou disponível. Por exemplo: Adorava ter empreendedorismo para gerar riqueza a partir do ranho, porque meus amigos, tenho cá em casa duas máquinas imparáveis a produzir essa substância viscosa e verde.

Ou isso, ou criar umas camisolas com mangas que cada vez que vissem um nariz de criança a aproximar-se gritavam: Ei! Isso não se faz! Na falta de conhecimento no mundo da invenção, gostava muito de obter financiamento para recrutar uma ajuda, podia ser a meio tempo, para me esfregar as camisolas, orientar o jantar e não deixar a casa chegar ao ponto de arrumação tipo ferro velho.

Também ambiciono ter um dia sem ver uma criança espojada no chão a chorar por ter sido contrariada ou um jantar, nós os quatro, sentados à mesa, tranquilos e sorridentes a degustar uma iguaria que não salta do prato para o chão… Mas isso sei que é impossível!

Dentro de uma razoabilidade que não me agrada porque gosto de sonhar em grande, espero que, na pior das hipóteses, fique tudo na mesma. Porque (agora vai ao baú das vozes buscar a voz da tua avó e lê com ela) temos saúde e temo-nos uns aos outros e isso é o mais importante.

E na verdade é mesmo. E, sabem o que vai bem com saúde e connosco a apoiarmo-nos uns aos outros? Tempo, amor, paciência, capacidade de encaixe, uma casa na praia, um alpendre, caipirinhas, os miúdos a brincar na areia e um mar de possibilidades a chegar em cada maré.

Caso não seja possível, acordar de vez em quando com miúdos na coboiada agarrados ao meu pescoço também serve.