Sociedade

Mais de 100 jovens vítimas de violência doméstica receberam apoio psicológico de associação

11 out 2022 16:46

Gabinete Girassol da Mulher Século XXI abriu portas há um ano

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Crianças e jovens expostos a violência são também considerados vítimas
Ricardo Graça

Mais de 100 criançpas e jovens vítimas de violência doméstica receberam apoio psicológico do Gabinete Girassol da Associação Mulher Século XXI desde que aquela resposta abriu portas, em 15 de Outubro de 2021.

O Gabinete Girassol - Resposta de Apoio Psicológico para Crianças e Jovens Vítimas de violência Doméstica da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria [CIMRL] acompanhou 114 casos, estando actualmente com 75 casos em acompanhamento.

Esta resposta da Mulher Século XXI foi criada com o objectivo de assegurar a prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico a crianças e jovens, dos 4 aos 18 anos, vítimas de violência doméstica”, depois da legislação ter incluído as crianças e jovens expostas a contextos de violência doméstica também como vítimas deste crime, refere um comunicado da associação.

A funcionar de forma itinerante, o gabinete abrange todos os municípios da CIMRL, nomeadamente Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrogão Grande, Pombal e Porto de Mós.

“Nos últimos meses, temos registado um aumento significativo do número de encaminhamentos para o Gabinete Girassol. Cada vez mais, diversas entidades, entre as quais as estruturas da Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica, as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens, os setores de assessoria técnica a tribunais, os municípios e a equipa de intervenção precoce, têm procurado” este apoio para dar resposta às “necessidades das crianças e jovens em contexto de violência doméstica”.

Na tentativa de colmatar esta “necessidade urgente”, o Gabinete Girassol,  “tem realizado a sua intervenção no sentido de reduzir a sintomatologia e o impacto traumático das experiências adversas de violência doméstica, procurando contribuir para o bem-estar das crianças e jovens, bem como procurando evitar a perpetuação de comportamentos agressivos e desadequados no seio familiar”.

Presidida por Susana Pereira, a associação alerta, na mesma nota, que a “procura a esta resposta continuará a aumentar”.