Sociedade

Curso Chinês/Português constrói pontes para o Oriente

21 nov 2016 00:00

Licenciatura existe na ESECS, em Leiria, há 10 anos

curso-chinesportugues-constroi-pontes-para-o-oriente-5429

Há dez anos que a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) aposta na aprendizagem do mandarim, tendo já formado cerca de 130 estudantes portugueses dos 237 inscritos desde 2006. A licenciatura em Tradução e Interpretação Português-Chinês/Chinês- Português foi lançada há dez anos, sendo na altura única e inovadora no País. A turma iniciou-se com apenas seis alunos e em parceria com o Instituto Politécnico de Macau.

Hoje, o IPLeiria conta com parcerias com instituições de ensino superior no Oriente, em Macau, Pequim, Hainan, Jiangxi, e Sichuan. Em 2012, foi introduzida uma maisvalia no curso: a componente de estágio. “Foi todo um mundo novo que se abriu. Numa altura em que a actividade tradicional da escola, que era no domínio da educação, entrou em regressão, esta acabou por ser uma via em que se passou a apostar e tornou-se numa das marcas fortes da formação da ESECS, até porque a ida dos alunos para Macau e Pequim é parte integrante do currículo”, refere Luís Barbeiro, coordenador do departamento de Línguas e Literaturas.

Neste ano lectivo, a ESECS tem cerca de 130 alunos chineses a aprender português, provenientes das cinco universidades parceiras, bem como 102 estudantes portugueses a aprender chinês.

A estrutura da licenciatura de quatro anos prevê que nos 2.º e 3.º anos, os alunos portugueses tenham aulas em Pequim e Macau, enquanto os orientais vêm para o Politécnico de Leiria. Nos 1.º e 2.º anos, o currículo incide na aprendizagem da língua. Já nos dois últimos anos os alunos aprendem técnicas de tradução e interpretação. O último semestre é constituído pelo estágio. “Quisemos proporcionar a ligação ao mercado de trabalho e às saídas profissionais”, diz Luís Barbeiro.

A licenciatura Tradução e Interpretação Português-Chinês/ Chinês-Português foi uma consequência natural das ligações que existiam entre o IPLeiria e o Instituto Politécnico de Macau e que já permitia o intercâmbio de alguns estudantes de forma isolada. No início a procura era pequena, mas “manteve-se o curso apesar do escasso número de candidatos”, refere Luís Barbeiro.

A aposta foi ganha e hoje as vagas disponíveis são sempre preenchidas. “Há também um número de estudantes que vem fazer esta licenciatura como segunda licenciatura”, revela. Aliás, este é também o curso com a “média mais elevada de entrada”, sublinha o docente, acrescentando que a taxa de sucesso é também alta.

Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.