Entrevista

Carina João Oliveira: “Vamos para além de uma escola de lápis e papel”

27 nov 2020 09:00

A directora executiva da Insignare considera que Fátima deve ter um regime de excepção para fazer face à pandemia

Quando foi desafiada para liderar a Insignare sentiu a herança pesada de Francisco Vieira?
Uma herança orgulhosa. Tenho o àvontade de abraçar desafios, sejam eles grandes, pequenos ou pesados, com a sensação da folha em branco. Foi com muito orgulho que o fiz na perspectiva de saber que o Francisco tinha deixado um legado poderoso. Obviamente tenho dado o meu cunho pessoal e tento que acompanhemos o ritmo daquilo que estamos a viver. Isso é perfeitamente normal, mas é um comboio muito grande e não o parei, não arranquei a máquina nem os fios.

Como tem sido a experiência, sobretudo quando vem de um ramo totalmente diferente?
Tem sido desafiante, mas há uma coisa que é muito gratificante: saber que o resultado, ainda que indirecto, daquilo que é a gestão da educação muda a vida das pessoas. Tenho a certeza de que muitos dos miúdos que estudam nas nossas escolas têm a vida mudada, porque estão a ter oportunidades de vida e as competências que as nossas escolas lhes dão.

As escolas da Insignare têm contribuído para qualificar a mão-de-obra da região?
Não tenho dúvidas nenhumas disso. Os nossos cursos são procurados de norte a sul do País e ilhas. Temos alunos que fazem estágios nas ilhas e no estrangeiro. Dez por cento dos alunos fazem estágios através do programa Erasmus em boas regiões gastronómicas da Europa.

E conseguem emprego nesses países?
Todos têm propostas para ficar, mas vão no 2.º ano para voltarem no 3.º. É uma estratégia de fixação de talentos cá. Acima de tudo, queremos reter talento no País e na região. Hoje em dia já não há muitas fronteiras, mas temos mesmo de qualificar a mão-de-obra que o mercado precisa. Por isso, restringimos os estágios fora ao 2.º ano do curso, por forma a que no 3.ºano os alunos façam estágio em Portugal e possam ficar nessa empresa.

Qual a empregabilidade dos cursos da Insignare?
Ronda os 70%, mas só não trabalhaquem não quer. Há alunos que optam por outros caminhos. Antes da pandemia, todos tinham emprego onde quisessem. O mercado estava ávido de profissionais nestas áreas. Temos uma altíssima taxa de alunos que optam por prosseguir estudos na área. Não é empregabilidade no imediato,mas garante depois outros níveis de empregabilidade.

Os jovens formados nas escolas da Insignare têm alcançado lugares relevantes no sector. É o reconhecimento da qualidade de ensino?
De facto mostra que há qualidade no ensino, sobretudo, quando somos muito procurados empresarialme

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