Opinião

Pim

12 jan 2019 00:00

As histórias que eu oiço da boca de amigos que vivem no perímetro do centro da nossa cidade são iguais àquelas que posso ouvir em qualquer cidade europeia ou norte americana suficientemente grande para acolher um conjunto significativo de estudantes.

1. A atribuição do Prémio Pessoa 2018 ao biogeógrafo Miguel Bastos Araújo fez-me lembrar um outro biogeógrafo cujo prémio maior é a invenção lexical e a caracterização de um conceito que já diz a Leiria mais do que alguma coisa.

Falo de Darren Smith, o homem que, em 2002, cunhou o termo “studentification” como referência para o conjunto de fenómenos, culturais, sociais e económicos, que traduzem o impacto dos estudantes jovens adultos no tecido das cidades que os abrigam mas, especialmente, a sua invasão desregulada do espaço público em situação de alteração do comportamento cívico normal.

As histórias que eu oiço da boca de amigos que vivem no perímetro do centro da nossa cidade são iguais àquelas que posso ouvir em qualquer cidade europeia ou norte americana suficientemente grande para acolher um conjunto significativo de estudantes, mas de dimensão insuficiente, para os diluir na massa das ocorrências disruptivas diárias ou cíclicas de vómitos nos passeios, urina nas portas dos prédios, lixo, gritos e alaridos vários a altas horas da noite.

Pretender que este tipo de comportamentos de agressão aos outros e ao que é comum não existem, ignora-lo ou varrer responsabilidades é uma má ideia.

Há muita gente pelo mundo fora a pensar e a agir para controlar os efeitos perversos da “stud

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