Opinião

O Mundo de Sofia

24 nov 2017 00:00

Daqui a apenas quarenta anos, os robots ocuparão, de forma crescente, a maioria esmagadora dos postos de trabalho deixando para o homem apenas um pequeno número de tarefas essenciais ligadas às ciências humanas.

O Mundo de Sofia ou, em norueguês, Sofies verden, best seller de Jostein Gaarder, publicado em 1991 e traduzido para mais de sessenta línguas, romance que é, ao mesmo tempo, um verdadeiro guia básico de filosofia, veio-me à memória quando vi a reportagem da SIC sobre a Web Summit.

Nessa peça, foi entrevistada a robot "Sofia", que demonstrou uma assustadora aptidão para responder às questões que lhe foram colocadas. É certo que as respostas eram absolutamente racionais, mas "Sofia" é apenas o protótipo do exército de "raparigas mecânicas" que irá "povoar" o planeta, juntamente com os "rapazes", naturalmente, nos próximos cinquenta anos.

Hoje em dia, é já uma realidade ver robots em fábricas a desempenhar uma multiplicidade incrível de tarefas, habitualmente desempenhadas por pessoas. Esses "operários" não precisam de pausas, não dormem, não engravidam, não descontam para a Segurança Social e (por enquanto) não reclamam nem têm sindicatos.

As previsões mais otimistas determinam que a taxa de substituição do homem pela máquina ronde os quinze por cento em cada década. Assim sendo, daqui a apenas quarenta anos, os robots ocuparão, de forma crescente, a maioria esmagadora dos postos de trabalho deixando para o homem apenas um pequeno número de tarefas essenciais ligadas às ciências

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