Opinião

Folio em saber?

16 jun 2017 00:00

A literatura tem mais de 4.000 anos. Não é por ser antiga que esta forma de arte é boa e importante. Mas ser antiga diz-nos que alguma coisa a torna importante para nós – ou já a teríamos abandonado.

O que faz por nós a grande literatura? Tira-nos de nós. Liberta-nos do cárcere do Tempo, da condição humana, da realidade, do aqui e agora. Leva-nos e vamos com ela, sem saber como ou para onde, ao encontro de outros mundos, personagens, histórias maravilhosas, assustadoras, trágicas, inimagináveis, cruas, ternas, fantásticas ou simplesmente humanas. E depois traz-nos até nós, de novo, transfigurados.

A literatura e os seus livros fazem o nosso mundo grande, o nosso tempo infinito, a nossa vida única e a nossa leitura emocionada, como quando tropeçamos num grande poema, por exemplo.

A literatura, e os seus livros são – em todo o mundo – motivo de celebração. E em Portugal celebrar o livro é lê-lo, conhecê-lo e às gentes que gravitam em torno do mundo da literatura: autores, editores, livreiros, ilustradores, educadores, leitores.

Celebrar o livro é cruzá-lo com criativos, jornalistas, músicos, pensadores e decisores. E fazê-lo de toda a forma: grande, mágica e bela. Celebrar a literatura é convocar o melhor, mesmo o melhor do mundo, para uma pequena localidade da "província" e aí – durante 10 dias – fazer acontecer.

Trazer nórdicos com ar de quem aproveita a vida vestidos de qualquer maneira, que riem, comem, bebem e vivem. E brasileiros e espanhóis e gente de língua musical. E o resto do mundo.

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