Opinião

Dançar

19 jul 2018 00:00

A dança é o mais íntimo, o mais próximo do que sentimos, o mais antigo, e o mais natural.

Sentirmo-nos bem na nossa pele, sermos capazes de dizer bem de nós, e podermos estabelecer relações que nos façam progredir no entendimento do mundo e na construção de quem somos, são três grandes pilares na estruturação de uma vida.

Parecerá simples, mas não é. E como todos estes aspectos se interligam e interdependem, a tarefa facilmente se complica. Muito mais pessoas do que imaginamos gostariam de ser de uma maneira diferente do que são. Ou porque a idealizam como sendo a mais adequada para almejar o sucesso, ou porque não se aceitam como são, ou porque exigem de si uma qualquer inatingível perfeição.

Assim sendo, dificilmente poderão realmente expressar o que sentem, porque isso exige a liberdade interior que assenta no sentirmo-nos confortáveis na nossa pele. Um corpo, e a forma de existir que o habita, deverão ser o lugar livre de onde possam partir todos os modos de expressão.

De todos eles, a dança é o mais íntimo, o mais próximo do que sentimos, o mais antigo, e o mais natural. E se ainda no ventre materno o movimento começa por ser simples consequência do acto de respirar, do crescimento dos músculos e do desenvolver das articulações, logo depois se transforma em comunicação, cada vez mais elaborada, abrangente, e crescente em significado.

Até ao momento em que nos ensinam a conter as manifestações físicas, a sentar quietos, a suster o impulso, a ser comedidos nos gestos e a aprender um certo e um errad

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