Opinião

Como não ser budista

25 out 2018 00:00

Cansada de procurar respostas no cristianismo, na filosofia e no Instagram, encarei a viagem inesperada ao país onde Buda nasceu como um sinal.

O sentido da vida é um bocadinho como o Wally. Toda a gente procura onde está, a maior parte desiste pelo caminho e os que encontram ficarão sempre na dúvida de ter descoberto o verdadeiro. À malta como eu, calhou-lhes o desenho feito pelo estagiário que se esqueceu de incluir o boneco no livro. Também não é que interesse muito. Mais barrete menos barrete, isto é tudo muito parecido para todos.

Posto este lindo contexto, deixem-me dizer-vos que foi com entusiasmo existencialista que aceitei um convite para ir ao Nepal o mês passado. Cansada de procurar respostas no cristianismo, na filosofia e no Instagram, encarei a viagem inesperada ao país onde Buda nasceu como um sinal.

Um chamamento. Um postal do Universo via CTT expresso com aviso de recepção. (Não julguem. Quando uma pessoa está mal acha que étudo sobre ela.) Enfiei as minhas dúvidas ocidentais na mochila e embarquei na Emirates rumo ao enlightenment. Só esta frase podia ter servido de aviso.

Chegar a Katmandu é perceber que qualquer postal do universo seria, à partida, extraviado. 30 milhões de pessoas num país pouco maior do que Portugal. O caos. O barulho. Um trânsito estrábico. Meu deus! (Meu buda?...) Se era para isto, iluminava-me em Albufeira a meio de Agosto.

Não posso dizer que a minha iniciação zen tenha sido pacífica, como estaria implícito. Hoje, os meus conceitos espirituais budistas foram para sempre redefinidos pela experiência física da cidade.

REENCARNAÇÃO: Não existe. Ser pessoa no p

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