Opinião

Chuva na Feira, eleições em Junho

17 mai 2024 16:38

Há boas maneiras de nos distrairmos enquanto não se avança para o areal, com a sempiterna Feira de Maio.

Avançar para as férias grandes no meio de tanta chuva e frio complica o espírito de qualquer um. Reclamam-se imediatas tréguas, de forma a mostrar ao mundo os novos banhadores entretanto comprados com tanto suor e com tantas lágrimas! Mas há boas maneiras de nos distrairmos enquanto não se avança para o areal, com a sempiterna Feira de Maio.

Dizem as más-línguas que começa imediatamente a chover no dia em que se inaugura o certame, mas não são umas pingas de água que vão demover os milhares de foliões!

Agradece-se o programa oferecido este ano pela autarquia, e o sucesso que este obteve junto de diferentes públicos. Conto ainda lá passar, assim que a chuva der licença.

Mês de Maio, as duras quatro semanas em que a Autoridade Tributária recolhe e encaminha para aplicação as verbas recolhidas junto de um par de privilegiados produzindo estruturas e infraestruturas que alguns questionam, não se entendendo geralmente o fito por detrás de tais obras para além das panfletárias campanhas de recolha de votos.

Por falar nisso, em votos, importa anunciar que daqui a poucas semanas lá estaremos uma outra vez mais a exercer direitos sobre o futuro da Europa! Não falamos aqui da princesa Fenícia instalada em Creta, mas das regiões mais ocidentais que hoje levam o seu nome, e que geralmente esquecem as fórmulas orientais do novo território.

Este recente projecto, que alguns chamam “civilização”, avaliado nas urnas no próximo dia 9 de Junho, passa repetidamente por Atenas e Roma, e até por Berlim, Londres e Paris.

Talvez interesse lembrar os leitores menos especializados em temas clássicos, a importância das cidades de Tróia, Alexandria, Antioquia, Sidon, Persepolis, e de tantos outros entrepostos do Mediterrâneo oriental e ocidente asiático.

Talvez interesse também lembrar Filipe II (da Macedónia!), Dario e Ciro, ou os Ptolomeus, em representação de um ininterrupto movimento de armas, de tecnologia e de ideias, entre as fronteiras da China, Huelva e Lisboa.