Opinião

À velocidade do caracol? Não, obrigada!

7 abr 2016 00:00

Começo por destacar no plano das discriminações a desigualdade salarial, ou seja, o facto de uma mulher ter as mesmas qualificações e trabalho e auferir um ordenado inferior ao de um homem.

Celebrou-se no passado mês de março o dia internacional da mulher, data que pretende assinalar os inúmeros avanços alcançados no domínio da igualdade de género e alertar para as inúmeras discriminações que as pessoas do sexo feminino ainda são alvo. Não obstante terem sido dados passos importantes na sociedade portuguesa ao longo dos últimos anos, designadamente com a consagração da igualdade de direitos entre homens e mulheres no exercício do direito de voto, e no acesso a diversas profissões, infelizmente continuam a resistir desigualdades que em pleno século XXI são inaceitáveis.

Começo por destacar no plano das discriminações a desigualdade salarial, ou seja, o facto de uma mulher ter as mesmas qualificações e trabalho e auferir um ordenado inferior ao de um homem. Apesar da recente diminuição dessa diferença e de o nosso país apresentar resultados melhores do que a média da União Europeia, esta desigualdade tem de merecer a nossa condenação. E a velocidade a que esta desigualdade é mitigada é confrangedora: a Organização Internacional do Trabalho prevê que apenas em 2086 a plena igualdade salarial seja atingida.

*Deputada do PSD
Texto escrito de acordo com a nova ortografia

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