Economia

Topdata aposta nos mercados angolano e moçambicano

25 jun 2018 00:00

A Topdata, empresa de implementação de sistemas de informação, de Leiria, firmou, recentemente, parceiras em Angola e Moçambique, para entrar nos mercados dos PALOP

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Jacinto Silva Duro

A oportunidade apareceu quando uma empresa da região, sua cliente, iniciou operações naqueles países . “Neste momento, conseguimos implementar as nossas soluções informáticas e prestar assistência remotamente, a partir de Leiria, dada a evolução que a  internet sofreu nos últimos anos", explica Aladino Domingues.

O sócio-gerente adianta ainda que a empresa adicionou várias soluções para mercados verticais à sua lista de produtos, através de uma parceria com a softwarehouse Eticadata, que entrou em vigor no início do mês de Junho.

É a única empresa de Leiria a representar esse software. "São soluções para oficinas, hotelaria, restauração e outros nichos de mercado que não tínhamos disponíveis no software PHC. Além disso permite-nos apresentar soluções mais económicas e com outras formas de licenciamento." 

Baseada no software PHC, a empresa desenvolveu soluções de gestão de transportes, de produção para a cerâmica, com gestão de todo o processo, desde a encomenda à produção final e ainda soluções de mobilidade, de armazém e de logística em loja.

RGPD compliant
A Topdata tem dedicado boa parte dos últimos meses a auxiliar as empresas suas clientes a tornar as suas bases de dados e procedimentos de segurança com dados pessoais compatíveis com o Regulamento Geral de Protecção de Dados (RGPD).

"É difícil acreditar que 2% das empresas, como tem sido noticiado, estão a cumprir o novo regulamento. Verifico que a maior parte das empresas não tem noção do que é e no que consiste o RGPD. Há muita, muita gente que não sabe o que é, nem o que fazer."

Aladino Domingues adianta que existe a noção errada de que são as empresas de informática que têm de resolver os problemas das empresas relativos a estas novas regras de protecção de dados pessoais. "É uma questão legal e, na verdade, o ERP instalado pode representar apenas 20 ou  40% do problema, a restante percentagem extravasa o ERP e tem de ser resolvida pela empresa."

A questão, não obstante, foi uma oportunidade de negócio para a Topdata e para outras empresas de TI, que aproveitaram para fornecer novos e mais sofisticados softwares, capazes de responder melhor às solicitações do mundo dos negócios e também serviços de consultoria, na implementação de soluções, novos sistemas de cópia de segurança, arquivos informatizados ou segurança dos servidores.

"As passwords '123' foram alteradas para palavras-chave mais difíceis de violar, foram colocados PIN nos telemóveis e nos computadores. No nosso caso, muitas das novas soluções foram implementadas com o software PHC, através do módulo RGPD, que permite automatizar vários dos processos necessários para tornar as empresas portuguesas conformes com o regulamento de segurança."

Ataque de hackers
Um dos problemas mais graves que a Topdata tem detectado é a ausência de softwares de segurança, firewalls e antivirus. E quando as empresas os têm, não são regularmente actualizados, permitindo ataques cibernéticos graves, com roubo e bloqueio de dados.

"Há que trocar as passwords regularmente, a cada três meses, e usar caracteres especiais, maiúsculas e minúsculas”, aconselha o empresário.

Ultrapassar  600 mil euros de facturação
A Topdata foi criada em Junho de 2004 e conta com sete colaboradores. Aladino Domingues e Michael Crespo são os sócios fundadores e gerentes.

“Estivemos sempre em crescimento, à excepção do período 2009-2010, que correspondeu à crise que abalou o País, mas, fora isso, em 2018, estamos a ter o nosso melhor ano de sempre.” Com mais de 200 clientes activos no software PHC, a empresa está, desde 2007, no Top 40 da softwarehouse portuguesa, em termos de valores de vendas, qualidade e prestação de serviços.

Em 2017, a Topdata facturou 550 mil euros e este ano o objectivo é ultrapassar os 600 mil.