Economia

Sector da construção pede estratégia e mais investimento em formação

10 nov 2023 15:30

Aricop assinalou o 47.º aniversário com um jantar-conferência, na Quinta do Paul

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A Tecnourém foi uma das empresas homenageadas no jantar de aniversário da Aricop
DR

A definição de uma estratégia articulada entre o ensino e as associações empresariais é apontada como fundamental para a revitalização do sector da construção civil e obras públicas, tornando-o mais atractivo para as camadas jovens e adaptado aos novos desafios impostos pelo conceito de economia sustentável, alertou, no sábado passado, o presidente da direcção da Associação Regional dos Industriais de Construção e Obras Públicas de Leiria e Ourém (Aricop).

“O sector da construção, ao pretender construir mais e melhor, tem um papel importante na resolução do problema da habitação, mas para tal tem de se tornar atractivo para captar novas camadas jovens, de modo a combater a falta de mão-de-obra e possibilitar o rejuvenescimento, nem que para isso tenha de se reinventar”, afirmou  José Luís Sismeiro, durante o jantar comemorativo do 47.º aniversário da associação.

Num discurso centrado nas preocupações com a actual conjuntura económico-financeira e nas possíveis repercussões no mercado imobiliário, o presidente da Aricop apelou à capacidade de resiliência dos empresários, convidando-os a encarar os novos desafios como “verdadeiras oportunidades de valorização” do sector. “Se factores como a tecnologia, a industrialização e sustentabilidade são as grandes mudanças que nos esperam, a durabilidade, eficiência, adaptabilidade e redução de custos e resíduos são as principais premissas para o futuro da construção”, salientou José Luís Sismeiro.

Já António Leal, presidente da mesa da Assembleia Geral da Aricop, deixou uma mensagem de esperança para o futuro, tendo em conta “o montante significativo de verbas de que o Governo dispõe para o investimento público”, enquanto Mineiro Aires, presidente do Conselho Superior das Obras Públicas e orador convidado, aconselhou as empresas a unirem esforços em torno de objectivos comuns, em vez de “guerrearem” por uma posição pontual no mercado.