Viver

Rir é o melhor remédio

12 out 2017 00:00

Jovens riem com desenhos animados. Idosos ficam felizes se não tiverem dores. O importante, dizem todos, é saber encontrar formas de viver com boa disposição

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Daniela Franco Sousa

Sexta-feira, dia em que se assinalou o Dia Internacional do Sorriso, o JORNAL DE LEIRIA saiu à rua para saber o que nos faz esboçar um sorriso ou soltar uma gargalhada. Conclusão?

Embora o Relatório Mundial sobre Felicidade de 2017deixe Portugal num tristonho 89.º lugar, entre 155 países, não sabemos se por influência do radioso dia de sol ou se por influência do fim-de-semana que se adivinhava, todos os nossos inquiridos se disseram pessoas sorridentes, capazes de usar o bom humor para enfrentar os problemas da vida.

Existem, no entanto, algumas variáveis. Se para o jovem a gargalhada se solta facilmente entre os amigos, para os mais velhos o expoente máximo da alegria é não ter dores e poder estar rodeado da família.

Gosto do gordo, do Baião e do Malato

Disposta a dois dedos de conversa, Maria de Lurdes concede o seu testemunho entrecortado por sorrisos. Aos 79 anos, a simpática senhora diz que, nesta idade, felicidade resume-se a não ter dores e a poder estar com a família.

“Tenho seis netos, que são a coisa mais maravilhosa da vida”, conta Maria de Lurdes. “Sou viúva, mas tenho uma família unida e muito boa. São todos meus amigos.”

Embora tenha enviuvado cedo, tenha desempenhado “papel de mãe e de pai” e de ter trabalhado arduamente para pagar os estudos a um dos três filhos que ainda frequentava o ensino superior, Maria de Lurdes explica que sempre conseguiu ultrapassar as dificuldades.

“Ás vezes a chorar, outras a rir para não chorar”, conta a septuagenária. “Quando chegava ao trabalho, os problemas de casa ficavam do lado de fora”, recorda Maria de Lurdes, que, mesmo nos momentos em que tinha de contar tostões, tentava levar a vida por diante sem se lamuriar.

Hoje os filhos estão criados e os tempos em que era auxiliar numa escola já ficaram para trás. Aposentada, gosta de tratar dos afazeres pela manhã para desfrutar da tarde livre, muitas vezes no café com as suas amigas.

E na televisão? De que se ri? “Gosto muito do João Baião, do gordo... o Fernando Mendes, e do Malato”, explica Maria de Lurdes, que lamenta não existirem mais programas bem-humorados na televisão. Assim, à noite, tem de se ficar pelo noticiário, que é poucas vezes alegre, e pelas tel

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