Sociedade

PSD de Leiria defende construção de estação na Barosa para alta velocidade

30 nov 2023 11:58

Concelhia de Leiria do PSD discorda da opção Leiria-Gare por ser "mais dispendiosa" e apresentar "fortes impactos negativos".

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Requalificação da actual estação de Leiria é uma das opções em cima da mesa
Ricardo Graça

A concelhia de Leiria do PSD defende a construção de uma estação na Barosa para a alta velocidade, com ligação à Linha do Oeste. Em comunicado, a estrutra presidida por José Augusto Santos, alega que esta solução tem menos impacto do que a outra opção que está em cima da mesa e que prevê a requalificação da actual estação, designada por Leiria-Gare.

“A solução de construção da estação de Leiria na Barosa, com ligação à linha do Oeste, atravessa solo maioritariamente florestal e, por consequência, produz menores impactos negativos como é explicitamente relatado pela IP [Infraestruturas de Portugal”, alega a concelhia social-democrata.

Em comunicado, a estrutura do PSD salienta, “além de ser mais dispendiosa e ter fortes impactos negativos”, a solução Gândara “não salvaguarda uma visão de futuro sustentável para o concelho e para a cidade, na medida em que é limitadora e faz aumentar as tensões urbanas".

A concelhia alega ainda que esta opção “traz impactos directos sobre 66 edificados familiares e empresariais, em termos de ruídos e vibrações afeta 140 habitações, exige maiores alterações morfológicas do território mediante a construção de viadutos, túneis e pontes”. Além disso, “produz impactos hidrográficos e reduz a velocidade média e frequência dos comboios, podendo assim condicionar a oferta de serviços da LAV em Leiria”, lê-se naquela nota de imprensa.

Já a construção de uma nova estação na Barosa “tem um significativo menor impacto em núcleos residenciais, pela sua aproximação potencializa o desenvolvimento de pólos de actividades económicas já existentes”, defende a concelhia do PSD, considerando que, “numa visão estratégica de médio e longo prazo que esta opção pode ser factor de desenvolvimento económico e de crescimento urbano”.

Nesse sentido, os sociais-democratas entendem, se opção recair na Barosa, como defendem, se deve “acautelar, desde já, a construção/reconfiguração de infra-estruturas essenciais, como sejam as ligações rodoviárias, devendo equacionar-se a ligação à cidade de Leiria através de metro de superfície”.

Neste momento, estão em cima da mesa duas opções para a paragem da Linha de Alta Velociade em Leiria: construção de uma nova estação na Barosa ou a requalificação da actual estação ferroviária da linha do Oeste, em Leiria-Gare. A edificação de uma estação de raiz na Barosa estava previsto no estudo prévio da RAVE de 2009, mas não estava contemplada na proposta apresentada há um ano pela Infraestruturas de Portugal.

 

Fórum CIMRL-JORNAL DE LEIRIA
Solução para a estação da alta velocidade em debate 
 
A escolha do projecto para a estação que irá acolher a Linha de Alta Velocidade (LAV) em Leiria será um dos temas em debate no VIII Fórum CIMRL-JORNAL DE LEIRIA, a realizar esta quinta-feira à tarde, no Centro de Interpretação Ambiental de Leiria. A sessão de abertura está marcada para as 15 horas e será feita por Gonçalo Lopes, presidente da Câmara de Leiria e da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL). Segue-se a intervenção de Manuel Tão, especialista em transportes Universidade do Algarve e o primeiro painel subordinado ao tema Nova estação do TGV em Leiria. Construir ou requalificar?, que terá a participação de Paulo Clemente, presidente da União de Freguesias de Marrazes e Barosa, João Pedro Silva, especialista em mobilidade, e Pedro Trindade Ferreira, arquitecto. Às 16:30 horas, haverá uma comunicação de Celeste Hagatong, presidente do Banco Português de Fomento, seguindo-se o segundo painel intitulado Capitalização das PME: Fundo de Capital de Risco Região de Leiria Crescimento, a nova solução regional. Os oradores deste painel serão Rui Ferreira, presidente da Portugal Ventures, Salvador Barros, representante da Head of Growth da Bhout Leiria, e António Poças, líder da Nerlei. O encerramento do fórum estará a cargo de Jorge Vala, presidente da Câmara de Porto de Mós e vice-presidente da CIMRL, e de Jorge Brandão, vogal da Comissão Executiva do Centro 2030.