Sociedade

Praga das palmeiras está “imparável”

3 fev 2016 00:00

Câmara da Marinha vai gastar 18 mil euros

'Rhynchophorus ferrugineus (Olivier, 1790)' é o culpado pela destruição das palmeiras
'Rhynchophorus ferrugineus (Olivier, 1790)' é o culpado pela destruição das palmeiras
'Rhynchophorus ferrugineus (Olivier, 1790)' é o culpado pela destruição das palmeiras

O Rhynchophorus ferrugineus (Olivier, 1790), mais conhecido por escaravelho da palmeira, parece que veio para ficar. Um pouco por toda a região, seja em jardins privados ou públicos, os efeitos da praga são visíveis, com centenas de palmeiras doentes, com custos para os particulares mas também para as autarquias.

Na semana passada, a Câmara da Marinha Grande aprovou a contratação de serviços de controlo do escaravelho – abate de exemplares doentes e tratamento dos restantes -, que custarão cerca de 18 mil euros.

Em Leiria, a câmara procedeu já à eliminação de 14 palmeiras em espaços públicos (quatro junto ao Maringá, duas no Planalto, sete no horto municipal na Barosa e uma numa urbanização da Cruz d'Areia). “O assunto está a ser acompanhado pela autarquia em conformidade com as directrizes da Direcção-Regional de Agricultura e Pesca do Centro e que pode ser consultada no site da Câmara de Leiria”, refere um esclarecimento da autarquia.

Segundo essa nota, foi transmitida às Juntas de Freguesia a informação de que as palmeiras, “cuja infestação se encontra numa fase avançada e que não podem ser recuperadas deverão ser abatidas”.

Nessas circunstâncias, “os materiais e resíduos resultantes do abate deverão ser transportados em camião fechado ou coberto com uma lona ou rede que evite o risco dispersão de insectos” e podem ser encaminhados para o aterro sanitário da Valorlis, para a “devida destruição”.

Esta operação “tem um custo de 32,50 euros, acrescidos de IVA, a tonelada”, acrescenta a câmara. Isabel Magalhães, engenheira agrónoma que tem vindo a tratar muitas destas árvores, diz que, neste momento, a praga “parece imparável”, frisando que a luta contra a sua disseminação é “extremamente difícil”, uma vez que o insecto “se desenvolve e multiplica no interior da planta”, exigindo um “tratamento contínuo, não só no exterior mas também no tronco”.

Alteração no texto: modificação do nome do escaravelhos de Rhynchophorus ferrugineus (Olivier), para Rhynchophorus ferrugineus (Olivier, 1790).