Opinião

Portugalidade

22 jun 2018 00:00

Diz Eduardo Lourenço (entrevista ao jornal Público, 2015) que “o corpo e a sombra da alma portuguesa está ligada à liberdade e à vontade.

Junho é mês do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Desde 1880, quis Portugal celebrar-se tendo como representante o poeta Luís de Camões, que com o seu sentido lírico e épico narrou a epopeia portuguesa Os Lusíadas.

Dia 10 de Junho de 1580 pensa-se ser o dia da morte de Luís de Camões, sendo o dia e o mês, com derivações de conteúdo e forma, em que celebramos o Dia de Portugal, há já 138 anos. Rumo à cidade invicta e já com meio dia passado, ligo o rádio para que no intervalo do telefone (em alta voz) vá ritmando o dia.

Na Antena2 discutia-se a portugalidade e os sentires portugueses pelo mundo fora. Onésimo Teotónio Almeida (escritor, catedrático na Universidade de Brown, organizador do 10 de Junho 2018 US), dizia que uma das particularidades da portugalidade é o afecto, os beijos e os abraços.

O gesto revelado é de proximidade física e espiritual. E donde nos vem este gesto? Esta forte ligação terra-mar, finitoinfinito, esta coisa atlântico-mediterrâneo, esta emergência de ver o que há para lá a que a curiosidade não resiste, um possível mundo inteiro, que leva à partida e à despedida e ao beijo e ao abraço? Diz Eduardo Lourenço (entrevista ao jornal Público, 2015) que “o corpo e a sombra da alma portuguesa está ligada à liberdade e à vontade.

A diversidade do meio pede partilha e “as barreiras naturais que separam os homens, uma vez vencidas, fundem-nos melhor” (VITOR PALLA e COSTA MARTINS- Lisboa Cidade Triste e Alegre, ed. 2018) Os Lusíadas narram a epopeia portuguesa que nos levou a mares talvez nunca antes navegados ou antes talvez já navegados em pontos.

Talvez os lusitanos tenham desenhado a linha com as rotas que navegaram. A minha ida à Invicta deve-se à homenagem a meu amigo Bartolomeu Costa Cabral, homenagem à pessoa e à obra.

Obra arquitectónica onde a contenç

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