Sociedade

Pombal recuperou totalmente das cheias de 2006

20 out 2016 00:00

Dez anos depois das cheias que deixaram Pombal pintada de castanho devido à lama que inundou a cidade, os afectados recuperaram dos inúmeros prejuízos que tiveram

Fotografias: Arquivo JORNAL DE LEIRIA

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Faz na próxima terça-feira, dia 25, dez anos que Pombal acordou pintado de castanho, depois de uma tromba de água ter inundado a parte leste da cidade.

Foram poucas as casas ou estabelecimentos comerciais que escaparam ilesas à enxurrada, que obrigou ao corte dos vários acessos à cidade e a activar o Plano Municipal de Emergência.

Dez anos depois, a cidade está renovada, os afectados recuperaram dos prejuízos, mas a vivência daquele dia mantém-se presente na memória de quem sofreu prejuízos.

A surpresa de todos surgiu, sobretudo, porque a inundação não foi provocada pela subida do Arunca, como habitualmente sucede, mas devido a uma enxurrada, cuja água seguiu as linhas de água de outrora e concentrou-se no centro da cidade.

Um morto, estradas cortadas, carros arrastados, jardins destruídos, água por todo o lado e muita lama foi o cenário encontrado. O Pombal Shopping ficou com os quatro pisos subterrâneos inundados e uma idosa de 86 anos foi encontrada morta dentro de casa, que estava inundada. Desconhece-se se terá morrido por afogamento ou de ataque cardíaco.

O túnel sob a Linha do Norte ficou inundado quase até ao tecto. Na Rua de Albergaria a força da água desfez o piso e precipitou toneladas de paralelos na via de baixo.

Narciso Mota, presidente da Câmara, à época, estimava os danos materiais no sector público acima dos cinco milhões de euros.

João Paulo Silva, sócio-gerente da Parqueadora Pombalense, recorda o dia como um “inferno”. “Quando o meu pai me ligou de madrugada pensei que tivesse sido o estabelecimento que temos na Zona Industrial da Formiga, devido à subida do rio, mas não. Era no centro da cidade que jorrava água por todo o lado.” A loja, que serve de escritório e de showroom, ficou alagada.

“Perdemos quase tudo o que lá estava. Foi um prejuízo de cerca de 50 mil euros. A cave ficou inundada até acima e havia lama por todo o lado”, acrescenta, revelando que só em Dezembro a loja foi totalmente recuperada.

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