Sociedade

Plataforma electrónica gere donativos às vítimas do incêndio de Pedrógão Grande

13 set 2017 00:00

Trabalhadores de uma empresa de Braga desenvolveram uma plataforma electrónica para gerir os donativos às vítimas do incêndio que, em Junho, devastou Pedrógão Grande e mais concelhos, foi hoje anunciado.

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Em comunicado, a F3M afirma que a solução tecnológica, criada por um grupo de 14 voluntários ligados à empresa, fornece também os “indicadores de apoios concedidos”, os quais “passam a ser públicos em tempo real”.

A nova ferramenta, designada “Juntos por todos”, vai permitir “o registo e o cruzamento entre necessidades e doações”, sublinha.

“A plataforma tem uma área pública que apresenta, em tempo real, o total de apoios concedidos e os donativos angariados”, acrescenta a empresa.

Dispondo ainda de uma área reservada “apenas acessível a técnicos envolvidos” no projecto, assegura à União das Misericórdias Portuguesas (UMP) “uma gestão mais eficiente de todos os donativos angariados, nomeadamente monetários, bens e serviços”, além de estabelecer “correspondência com as necessidades identificadas no terreno”, garantido mais “transparência e rapidez” no processo.

A UMP foi uma das entidades incumbidas de organizar o apoio às vítimas dos fogos que assolaram a região Centro, incluindo mais de um milhão de euros obtidos com o concerto solidário “Juntos por todos”, realizado em Lisboa, no dia 27 de Junho, na sequência do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, no dia 17, e que se propagou a municípios vizinhos, tendo causado pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.

Os dados introduzidos na plataforma “são depois cruzados, permitindo uma gestão mais eficiente de necessidades e recursos”, segundo a F3M, empresa especializada em tecnologias da informação e comunicação.

Para lidar com o apoio solidário às vítimas dos incêndios na zona de Pedrógão Grande, a UMP criou um “grupo de trabalho de emergência”, que está a fazer “o levantamento das necessidades mais prementes da população”, em colaboração com as autarquias, Segurança Social e Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Este grupo vai utilizar a nova plataforma para uma “gestão mais eficaz das necessidades e apoios existentes”, adianta a empresa.

Agência Lusa/Jornal de Leiria