Sociedade

Plano prevê mais eucaliptos para a floresta da região

13 set 2018 00:00

O Programa Regional de Ordenamento Florestal prevê um aumento da área de eucalipto em vários concelhos da região. A Comunidade Intermunicipal está contra.

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Maria Anabela Silva

A proposta de Programa Regional de Ordenamento Florestal (PROF) do Centro Litoral prevê um aumento da área de eucalipto nos concelhos abrangidos pela Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL).

De acordo com o documento, tutelado pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, aos actuais 42.925 hectares de eucalipto existentes no território da CIMRL poderão acrescer mais 1.612 hectares, com a proposta a definir como limite máximo uma área de 44.537 hectares (ou seja, mais quase 4%).

Segundo a proposta de PROF, está contemplado um alargamento da área de eucalipto em seis dos dez concelhos da CIMRL: Alvaiázere, Ansião, Batalha, Leiria, Marinha Grande e Porto de Mós.

Os maiores aumentos são propostos para Leiria e Porto de Mós, concelhos onde a área a ocupar com eucalipto pode crescer mais 10%, ou seja mais 1.057 hectares, no primeiro caso, e mais 165 hectares, no segundo caso.

Nos municípios de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande a proposta aponta para a manutenção da área actual ocupada por povoamentos de eucalipto, muitos deles queimados pelo grande incêndio do ano passado. Em Pombal, também não está previsto qualquer aumento de área com esta espécie.

O alargamento das zonas ocupadas por eucalipto, “sem que se indiquem os critérios que justificam esse aumento”, foi um dos motivos que levou a CIMRL, juntamente com a sua congénere de Coimbra, a votar contra a proposta aprovada, esta quarta-feira, pela Comissão de Acompanhamento do PROF de enviar o documento para discussão pública.

Já na segunda-feira, a Câmara da Batalha havia emitido um comunicado manifestando-se também contra a proposta do PROF.

O Município liderado por Paulo Batista Santos considera que “não se percebe a opção pelo aumento do eucalipto nos concelhos abrangidos pela CIMRL” e alega ser “incompreensível” a expansão proposta para a Batalha, dos actuais 475 hectares para 495, “quando a área existente já é excessiv

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